domingo, novembro 23, 2008

A novela BPN já mete Cavaco...

O Presidente da República, Cavaco Silva, chateou-se e viu-se obrigado a em emitir hoje um comunicado: "A Presidência da República procede à divulgação do seguinte comunicado: "Nos últimos dias, detectou a Presidência da República, face a contactos estabelecidos por jornalistas, tentativas de associar o nome do Presidente da República à situação do Banco Português de Negócios (BPN). Não podendo o Presidente da República tolerar a continuação de mentiras e insinuações visando pôr em causa o seu bom nome, esclarece-se o seguinte: 1. O Prof. Aníbal Cavaco Silva, no exercício da sua vida profissional, antes de desempenhar as actuais funções (nem posteriormente, como é óbvio): a) nunca exerceu qualquer tipo de função no BPN ou em qualquer das suas empresas;b) nunca recebeu qualquer remuneração do BPN ou de qualquer das suas empresas;c) nunca comprou ou vendeu nada ao BPN ou a qualquer das suas empresas. 2. O Prof. Cavaco Silva e a sua Mulher: a) nunca contraíram qualquer empréstimo junto do BPN; b) não devem um único euro a qualquer banco, nacional ou estrangeiro, nem a qualquer outra entidade".
Leia tudo aqui. E veja os episódios de uma novela que ainda vai dar muito que falar…
***
Versões contraditórias sobre encontro entre Dias
***
Dúvidas em relação ao encontro de Dias Loureiro
***
«Estão a tentar enterrar o cavaquismo» com o caso BPN
Li no Sol que "o líder da distrital do Porto do PSD, Marco António Costa, afirmou hoje que existe uma campanha para «enterrar a memória do cavaquismo por motivos completamente laterais à vida política», numa alusão ao processo do BPN «Agora muitos estão a tentar enterrar o cavaquismo usando processos completamente laterais à vida política para tentar manchar o cavaquismo, procurando lançar um anátema sobre esse tempo, que foi de sucesso e desenvolvimento para o país», afirmou o dirigente, numa convenção autárquica realizada em Penafiel. Marco António Costa já há algumas semanas havia afirmado num programa televisivo que a demissão de Luís Filipe Menezes da liderança do PSD tinha tido algumas relações com que acontecia no interior do Banco Português de Negócios, uma afirmação que o próprio ex-presidente social-democrata veio nos últimos dias confirmar. O líder distrital considerou que há quem procure «assassinar politicamente» esses tempos do cavaquismo «por razões que não têm a ver com a governação».
***
Mentiras e intrigas no Caso BPN
Da autoria dos jornalistas Isabel Vicente e Nicolau Santos, o Expresso publica um trexto sobre este tema: "Se o dr. Dias Loureiro anda a dizer isso (que informou o Banco de Portugal em 2001 de problemas de gestão do BPN) ou está a fazer confusão com a pessoa ou a mentir", afirma ao Expresso António Marta, vice-governador do banco central, com a supervisão, à altura dos acontecimentos. Marta vai mais longe e diz: "Ele veio perguntar-me porque é que o Banco de Portugal (BdP) andava tão em cima do BPN, ao que eu lhe respondi que isso tinha que ver com o facto do banco ter uma gestão pouco transparente e de haver muitos negócios entre a administração e os accionistas". António Marta diz que Dias Loureiro saiu do BdP a dizer que as pessoas à frente do BPN "eram boa gente" e especifica: "Foi uma conversa a sós, até me lembro da sala onde decorreu. Se fosse uma coisa como ele diz, certamente que a teria transmitido ao senhor governador". Dias Loureiro, que foi administrador-executivo da Sociedade Lusa de Negócios (SLN), afirmou esta semana: "Em Abril de 2001 fui ao Banco de Portugal e disse a António Marta que o modelo de gestão do grupo não me inspirava confiança e que havia accionistas que eu sentia que faziam negócios com o banco". Ao Expresso queixou-se que Oliveira Costa não despachava com ele, fazia poucas reuniões e não havia actas. "Quando pedi para haver actas deixou de haver reuniões", diz. Como se justificam então as declarações de Dias Loureiro? "Ele quer ilibar-se", diz, peremptório, António Marta. Apesar das dúvidas, Dias Loureiro aceitou assinar as contas relativas a 2001, onde não constava o negócio que ele e Oliveira Costa tinham feito pessoalmente em Porto Rico. e que escapou ao fisco e às autoridades de supervisão. É depois de assinar este relatório que, em Março de 2002, Dias Loureiro decidiu pôr à venda as suas acções do BPN (obtidas como moeda de troca da venda da Plêiade ao banco) e sair de administrador-executivo. A aquisição das duas tecnológicas-fantasma em Porto Rico - Biometrics Imagineering Inc. e Novatech - foi feita por sugestão do próprio Dias Loureiro, através de contactos que tinha em Madrid com o empresário porto-riquenho, Hector Hoyos. Segundo o Expresso apurou junto de uma fonte que participou nas conversas, Hector Hoyos deslocou-se a Portugal em 2001 em jacto particular e teve reuniões com Oliveira Costa e Dias Loureiro em casa deste último, no Estoril, para negociar a venda das participações nas duas empresas de Porto Rico. Acordados os termos do negócio (que perfez 71,25 milhões de dólares), os dois administradores da SLN deslocaram-se a Porto Rico na companhia de Hoyos para concretizar a operação".
***
Socialistas dão luz verde a inquérito ao BPN
***
Oliveira e Costa em prisão preventiva
***
PS chumba audição de Dias Loureiro no Parlamento (agora muda...)

Sem comentários: