domingo, junho 08, 2025

Sondagem: Portugueses querem envolver militares na segurança interna e proteger polícias que usem a força

Os portugueses apostam no reforço das políticas de segurança, no caso de haver uma revisão constitucional. De acordo com a sondagem da Pitagórica para o JN e TSF, 72% concordam com o aumento do papel das Forças Armadas na segurança interna e 61% que é preciso reforçar a proteção legal aos polícias no uso da força. No caso das Forças Armadas, e segundo a Constituição, a sua intervenção na segurança interna está limitada aos estados de exceção (de emergência ou de sítio). Mas há quem defenda, por exemplo, que possa ter um papel complementar no combate ao terrorismo, à criminalidade organizada e violenta e ao crime cibernético. É um facto que a maioria dos inquiridos (51%) discorda, nesta altura, de um processo de revisão. Mas, se e quando avançar, a possibilidade de reforçar o papel dos militares tem um forte apoio: 72% a favor e 21% contra. A opinião é globalmente favorável em todos os segmentos da amostra (género, idade, classe social, geografia e voto partidário), mas há grupos sociais que se destacam dos outros: os mais pobres (80%), os que vivem no sul do país (77%) e, como em outras matérias, os eleitores da AD (80%) e do Chega (78%).

Relativamente ao reforço da proteção legal aos polícias, no caso de uso da força, são de novo os eleitores do Chega (75%) e da AD (71%) os maiores entusiastas, com os que votarem no PS (50%) e no Livre (53%) a destacaram-se pela discordância. Mas nos restantes segmentos sociodemográficos essa possibilidade, que poderá pôr em causa os direitos dos cidadãos alvo da ação policial, não atemoriza. Em particular os eleitores de classe média (68% a favor) e os que vivem na Região Centro (66%). No conjunto dos inquiridos, 61% concordam com essa alteração constitucional e 30% discordam (Jornal de Notícias, texto do jornalista Rafael Barbosa)

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