sábado, fevereiro 08, 2025

Chega: Os 15 deputados e dirigentes com problemas com a Justiça e Fisco

Nas últimas semanas, o partido de André Ventura foi atingido pelo caso de Miguel Arruda (furto de malas), José Paulo Sousa (taxa crime de álcool) e Nuno Pardal Ribeiro (prostituição de menores). Recorde todos os casos. "Limpar Portugal" era um dos slogans da campanha do Chega nas legislaturas de 2024. Porém, tem sido recordado por outra razão: o surgimento sucessivo de deputados e dirigentes do partido liderado por André Ventura com problemas com a Justiça. Em reação ao caso de Nuno Pardal Ribeiro, acusado de prostituição de menores, Ventura afirmou no dia 6 de fevereiro que as penas que o partido defende para os corruptos e "bandidos" são as mesmas que defende para os casos dentro do partido. Tal inclui a castração química para casos de pedofilia ou abuso de menores. O caso de Nuno Pardal Ribeiro foi revelado no dia 6. O deputado da Câmara Municipal de Lisboa foi acusado de prostituição de menores agravada por ter tipo envolvimentos sexuais com um jovem de 15 anos. Desde então, pediu a renúncia ao mandato e ficou sem uma avença que tinha com a Câmara de Loures. 

Tornou-se também público o caso de José Paulo Sousa, deputado da Assembleia Regional dos Açores apanhado a conduzir sob o efeito de álcool. Quando foi testado na operação STOP, encontrava-se com uma taxa de 2,25 gramas de álcool por litro de sangue, considerado taxa crime.

No início de 2025 foi também tornado público o caso de Miguel Arruda, suspeito de furtar malas nos aeroportos de Lisboa e de São Miguel e de vender a roupa que se encontrava dentro delas através da Internet - mais especificamente na app Vinted. Para isso, usufruía até de descontos relativos aos selos e envelopes a que tem direito na Assembleia da República. Miguel Arruda desfiliou-se do partido e é agora deputado não-inscrito, sentando-se ao lado do Chega. 

Mas recorde-se que também André Ventura foi condenado civilmente por ofensa à honra e imagem devido aos comentários que fez na televisão sobre uma família do bairro da Jamaica, no Seixal, como recordou o primeiro-ministro no Parlamento esta semana. Atualmente, está também a ser investigado por incitamento ao ódio na sequência de declarações sobre a morte de Odair Moniz, morto por um agente da PSP no bairro da Cova da Moura. 

O vice-presidente do Chega, Pedro Frazão, foi condenado em 2022 a retratar-se depois de ter prestado declarações falsas sobre Francisco Louçã. Recorde-se que em 2021, Pedro Frazão acusou o antigo coordenador do Bloco de Esquerda de receber uma avença do BES e depois teve de fazer um pedido de desculpas público. 

Pedro Pinto, líder parlamentar do Chega, está a ser investigado por incitamento ao ódio nas reações à morte de Odair Moniz. Também foi denunciado por agressão a um árbitro de 18 anos.   Cristina Rodrigues, atual deputada do Chega e ex-deputada do PAN, está a ser investigada por dano depois de ter sido acusada de eliminar milhares de emails do PAN, em 2020.  

Marcus dos Santos, deputado eleito pelo circulo eleitoral do Porto, foi detido em 2004 e 2005 nos Estados Unidos por "violação das regras de imigração" do país: em Portugal, não há registo de ter tido qualquer problema na Justiça.   Eduardo Teixeira, deputado do Chega, está a ser investigado pelo Ministério Público em dois processos distintos relacionados com falsas presenças enquanto ainda era deputado do PSD. 

Filipe Melo, deputado, chegou a ter o salário penhorado devido a uma dívida de 15 mil euros a uma instituição que o filho frequentou e foi acusado de ter prestado declarações falsas em tribunal. Também Ricardo Dias Pinto tinha uma dívida de quase 15 mil euros que acabou por ser extinta por falta de bens para penhorar.   João Tilly, deputado e youtuber, foi processado depois de chamar "baleia" a uma militante do Chega, mas no final do mês de janeiro conseguiu chegar a um acordo para indemnizar a vítima dias antes do início do julgamento. 

Diva Ribeiro, deputada, foi denunciada em 2024 por agredir, cuspir e insultar a ex-mulher do seu atual companheiro em Beja, em 2022.  Em casos longe do Parlamento, Pedro Alves, líder da distrital de Aveiro, foi condenado por violência doméstica contra a ex-mulher, em 2020. João Silva, o candidato pelo círculo de Castelo Branco às legislativas de 2024 e número dois da distrital, foi condenado por burla e furto a casas e igrejas (Sabado)

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