terça-feira, junho 04, 2024

Nota: o lixo é lixo em qualquer lado!

Não vou emitir juízos de valor, porque cada um os deve fazer como entender e se entender. Mas não é de estranhar certas notícias - que nada dizem de novo relativamente a uma entrevista feita há quase um ano (e que afinal terá sido uma conversa informal indevidamente publicada...), apimentadas com situações publicadas em Janeiro deste ano - publicadas hoje com destaque em primeira página, no mesmo dia em que Miguel Albuquerque apresenta o novo Governo Regional? De facto, há coincidências e "coincidências". E há comportamentos que justificam facilmente os motivos por que temos uma crise na comunicação social, porque há jornais falidos ou em  vias disso, sem tiragens dignas de registo, porque há infelizmente ameaças de desemprego, que não explicam, certas motivações especulativas e podemos também suspeitar dos pilares de certas posturas "jornalísticas" que nada trazem de novo, apenas usam situações já relatadas, na esmagadora maioria sem provas adicionais, sem provas confirmadas e sem que alguém formalmente tenha sido acusado seja do que for.

Durante anos o Correio da Manhã e  a CMTV eram os bombos da festa, criticados, atacados duramente por um jornalismo alegadamente sensacionalista, especulativo, assente em fugas de informação e no pretenso atropelo ao segredo de justiça, e a pensar nas primeiras páginas, nas vendas e na especulação. Metia dó esses ataques quase diários. Criou-se uma ideia em torno daqueles dois meios de comunicação social de que não passavam de "lixo" jornalístico. O mundo de facto dá muitas voltas e temos hoje o CM e a CMTV no topo das vendas e das audiências  e a lançar canais televisivos novos, enquanto outros, os tais "puros" se arrastam penosamente pelas ruas da amargura, porventura à espera do golpe final, repetindo o tal jornalismo de "lixo" que airosamente apontavam a outros. Agora os tempos são de "obrigar" o poder público a apoiar a comunicação social, algo que no passado foi arma de arremesso, mas que hoje se tornou numa necessidade urgente para garantir a sobrevivência, No meu caso com uma diferença de coerência: sempre defendi e nunca diabolizei esse apoio. E mais, sempre entendi que os "perigos" que possam advir desse apoio estatal são os mesmos ou até menos perigosos que a dependência da comunicação social de grupos económicos e financeiros, incluindo os sempre fundos abutres que por aí andam, todos eles com os seus interesses, ramificações, dependências objectivos e formas de actuação bem piores (LFM)

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