Alguns indicadores recolhidos tendo por base os resultados eleitorais no Funchal:
a) Considerando as eleições desde 2013,
constata-se que o PSD-Madeira obteve os melhores resultados absolutos na
capital nas regionais de 2015, regionais de 2019 e legislativas nacionais de
2019. Ao invés, os piores resultados foram, sem surpresa, nas europeias de
2014, europeias de 2019 e autárquicas de 2013;
b) No caso do CDS-Madeira - que não
concorreu no Funchal nas europeias de 2014 (lista com PSD e outros) - os piores
resultados foram nas legislativas de 2015, legislativas de 2019 e europeias de
2019. Os melhores resultados foram conseguidos nas autárquicas de 2013,
regionais de 2015 e autárquicas de 2017:
c) Quanto ao PS, concorrendo sozinho ou
coligado (2013, 2015 e 2017), os melhores resultados foram conseguidos nas
autárquicas de 2017, seguidas das regionais de 2019 e das autárquicas de 2013.
Os piores resultados foram registados nas regionais de 2015, europeias de 2014
e europeias de 2019;
d) Entre 2013 e 2019, o PSD-Madeira foi o
mais votado nas europeias de 2014, regionais de 2015, legislativas de 2015 e
europeias de 2019. O PS-Madeira, sozinho ou coligado, foi o vencedor na capital
madeirense nas autárquicas de 2013, autárquicas de 2017, regionais de 2019 e
legislativas de 2019;
e) Considerando o período 2013 a 2019 a
maior vitória do PSD-M em termos percentuais foi obtida no Funchal nas
regionais de 2015, seguidas das regionais de 2019 e legislativas de 2019. Os
piores resultados foram registados nas europeias de 2014 e autárquicas de 2017.
O PS-M, sozinho ou coligado, obteve as melhores percentagens vitoriosas nas
autárquicas de 2017 e nas autárquicas de 2013, contrastando com as piores,
obtidas nas regionais de 2015 e europeias de 2014. Quanto ao CDS-M as melhores
percentagens foram obtidas nas autárquicas de 2013 e nas regionais de 2015, enquanto
as piores percentagens eleitorais na capital foram conseguidas nas legislativas
de 2019 e de 2015;
f) O Funchal registou nas europeias de
2014, regionais de 2015, regionais de 2019 e europeias de 2019 as abstenções
mais elevadas, entre 50 e 69,3%. Nas autárquicas de 2017 foi apurada a
abstenção mais baixa, considerando as eleições realizadas entre 2013 e 2019.
Outras curiosidades:
a) No caso das autárquicas de 2013, o PSD-Madeira
obteve em São Martinho e Santo António 44,77% do total da votação obtida na
capital, contra 45,74% do total no caso do PS e 49,16% no caso do CDS. Ou seja,
diga-se o que se disser, é essencialmente nestas duas freguesias, as mais populosas
da cidade, que os resultados dos partidos maiores se definem, bem como o
apuramento dos respectivos mandatos.
b) Em 2013, o PSD-M foi o mais votado - nas
eleições para a CM - em apenas uma freguesia, São Roque, ganhando a coligação
liderada pelo PS-M nas nove restantes freguesias da capital. O problema é que
não se pode confundir esta votação nos partidos para a Câmara Municipal com as
votações para as Assembleias de Freguesia, dado que se registam sempre
resultados diferentes.
c) Já em 2017,comparando com 2013, o PSD aumentou a votação em 6 das 10 freguesias da capital, enquanto que a coligação liderada pelo PS-M apenas baixou a votação numa (Monte) das 10 freguesias do Funchal. O CDS-M, comparando 2017 com 2013, perdeu votos nas 10 freguesias da capital. Em 2017, Sé, São Roque e Monte foram as melhores freguesias para o PSD-M em termos percentuais, enquanto que para o PS-M o Imaculado Coração de Maria, São Gonçalo e Santa Maria Maior foram as três freguesias com maiores percentagens eleitorais. Para o CDS-M, apesar da perda de votos em todas as freguesias, Sé, Santa Maria Maior e Santa Luzia foram as que propiciaram melhores percentagens aos centristas (LFM)
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