Eu não sei se o Serviço Regional de Saúde tem dado a devida atenção e está hoje, mais do que nunca, dotado de todos os recursos necesarios para dar uma resposta eficaz, rápida e presente no âmbito da saúde mental. Estamos a falar, reconheço, de uma componente sempre "escondida", discreta, desvalorizada da saúde pública, mas que eu acho que precisa de passar a ter uma outra lógica funcional e de ser colocada num plano diferente neste pós-pandemia. Com estes sinais de crise social e económica, com a previsível impacto desta retoma ainda falhada na vidas das pessoas e na estrutura de muitas famílias, com o desemprego, as falências, etc, recomendo vivamente que este assunto seja devidamente analisado, até porque em todo o mundo temos uma sucessão de notícias dando conta de multiplicação de casos de esgotamento dos próprios profissionais de saúde - e não são os únicos, pelo contrário - muitos deles porque não resistem à pressão crescente que sobre eles se coloca nestes tempos diferentes de pandemia.
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Obviamente que a evolução, confirmada pelo IASAUDE, tem a ver com o aumento das operações no aeroporto do Funchal. Mas, já agora, gostava de saber se os chamados "doentes recuperados", no caso da RAM, são acompanhados, e por quem, no seu pós-recuperação e se eventuais sintomas ou anomalias são identificadas ou não, dado que essa é uma das grandes dúvidas da saúde pública: que tipo de recuperação os chamados "recuperados" que passaram pelo impacto mais agreste do covid19, apresentam, de facto? Persistem vestígios dessa infecção? (LFM)
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