O preço dos 10 medicamentos mais utilizados no tratamento contra a Covid-19 aumentou cerca de 4% em todo o mundo, de acordo com dados da consultora ‘IHS Markit’, citados pelo ‘elEconomista’. O custo de mais de metade dos tratamentos em questão registou uma subida em 80 países, no período compreendido entre os meses de Fevereiro e Junho de 2020, impulsionado sobretudo pelos preços do Diazepam e da Azitromicina, que subiram 16% e 6,5%, respectivamente. «Normalmente, o aumento de preços de produtos farmacêuticos a nível global é relativamente raro, contudo a nossa análise indica que muitos países relataram um aumento no custo de medicamentos críticos para o tratamento da Covid-19, que em muitos casos, ocorreu numa escala nunca antes vista», explica Gustav Ando, vice-presidente da IHS Markit ao ‘el Economista’. Alguns países de menor dimensão foram particularmente afectados pelo aumento significativo dos preços. Por exemplo, o custo dos 10 medicamentos na Dinamarca aumentou 71,6%. Na Holanda e na Suécia, a subida foi de 43,1% e 37,5%, respectivamente. O Reino Unido registou aumentos de até 49%, sobretudo no caso da azitromicina. Os EUA mostraram apenas um aumento de preço para uma das versões da dexametasona e tiveram reduções substanciais em algumas das outras versões da azitromicina, ciclosporina e brometo de ipratrópio. A maior subida de preço foi da dexametasona, o único tratamento que mostrou aumentar as hipóteses de sobrevivência da doença, cujo custo quase triplicou na Holanda (+ 277%). Os preços do diazepam aumentaram na Lituânia (+ 167%), Dinamarca (+ 128%), Canadá (114%), Nova Zelândia (+ 100%) e Emirados Árabes Unidos (100%). «Os preços dos produtos farmacêuticos estão a subir na altura em que são mais necessários e em que os governos têm mais dificuldade em suportar os seus custos, enquanto procuram apoiar as suas economias», refere Ando (Executive Digest, texto da jornalista Simone Silva)
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