sexta-feira, março 08, 2019

Admira António é a primeira piloto de Moçambique

Voar é o sonho de muitos meninos. Foi também o de Admira António. Aos oito anos já sabia que queria ser piloto de aviões. Hoje, é a primeira mulher ao comando de um avião das Linhas Aéreas de Moçambique. Em 2012, quando integrou a primeira equipa de pilotagem, tinha ao lado apenas homens. Mas os preconceitos não a demoveram de querer voos mais altos. "As atenções estão sempre sobre ti, como mulher. Querem ver se realmente sabes o que estás a fazer, porque razão chegaste ali e se alguém te facilitou, então, tive de provar a minha aptidão, o meu profissionalismo", conta. Ao entrar para o cockpit de um Embraer 145, Admira conhece a realidade que tem pela frente. Nos céus, a maior parte dos assistentes de bordo é do sexo feminino, mas apenas cinco porcento dos pilotos são mulheres. Em terra, a caminho a percorrer ainda é longo. No Índice de Desigualdade de Género das Nações Unidas, que mede a saúde, a participação no mundo laboral e o acesso a oportunidades, Moçambique está na posição 136, num total de 160 países

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