Voar é o sonho de muitos meninos. Foi também o
de Admira António. Aos oito anos já sabia que queria ser piloto de aviões.
Hoje, é a primeira mulher ao comando de um avião das Linhas Aéreas de
Moçambique. Em 2012, quando integrou a primeira equipa de pilotagem, tinha ao
lado apenas homens. Mas os preconceitos não a demoveram de querer voos mais
altos. "As atenções estão sempre sobre ti, como mulher. Querem ver se
realmente sabes o que estás a fazer, porque razão chegaste ali e se alguém te
facilitou, então, tive de provar a minha aptidão, o meu profissionalismo",
conta. Ao entrar para o cockpit de um Embraer 145, Admira conhece a realidade
que tem pela frente. Nos céus, a maior parte dos assistentes de bordo é do sexo
feminino, mas apenas cinco porcento dos pilotos são mulheres. Em terra, a
caminho a percorrer ainda é longo. No Índice de Desigualdade de Género das Nações
Unidas, que mede a saúde, a participação no mundo laboral e o acesso a
oportunidades, Moçambique está na posição 136, num total de 160 países
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