sábado, março 23, 2019

Venezuela: vídeos mostram tortura no regime de Nicolás Maduro

As imagens que revelam tortura para com reclusos por parte dos serviços de informação de Maduro foram divulgadas por um ex-funcionário da Direção Geral de Contrainteligência Militar da Venezuela. Foram divulgadas algumas imagens que retratam episódios de maus tratos e tortura de presos venezuelanos detidos pelos serviços de informação do regime de Nicolás Maduro. O vídeo foi revelado por um ex-funcionário da Direção Geral de Contrainteligência Militar, Ronald Dugarte, que se revoltou contra a violência cometida pelo regime contra os reclusos.

No vídeo, partilhado pelo jornal espanhol ABC, pode ver-se um preso com as mãos amarradas atrás das costas e os olhos vendados e um grupo de pessoas amontoadas num cubículo obrigadas a dormir nessa condição. Estes indivíduos não têm permissão nem para ir à casa-de-banho, nem para consultar um médico em caso de doença, de acordo com o ABC. Serão cerca de os 70 reclusos a viver nestas condições, à guarda do Serviço Bolivariano de Informações Nacional, em Caracas.
Através de gravações feitas por câmaras ocultas, Ronald Dugarte tentou captar a realidade vivida dentro do estabelecimento.  Revoltado com a tortura cometida nesse contexto, o tenente aproveitou na terça-feira para relatar numa videoconferência na sede da Organização dos Estados Americanos, todos os episódios que foi testemunhando, desde choques elétricos, asfixias com sacos de plástico, golpes e até injeção de substâncias desconhecidas.
Dugarte entregou as imagens, gravadas por câmara oculta, e uma lista de nomes de alguns dos torturadores ao instituto Casla, juntamente com uma lista de 77 detidos. As informações e documentos vão ser levados ao Tribunal Penal Internacional, no qual o diretor do instituto Casla, Tamara Suju, já denunciou abusos e torturas do regime de Maduro. Nos últimos dois meses, o instituto Casla apresentou à Organização dos Estados Americanos cerca de 40 novos casos de tortura. De acordo com o ABC, Juan Guaidó, que assumiu o cargo de presidente interino da Venezuela em janeiro, prometeu uma amnistia a todos os soldados que, tal como no caso do tenente Ronald Dugarte, viraram as costas ao regime de Maduro e reconheceram a legitimidade do novo governo (Observador)

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