A Assembleia Nacional da Venezuela (AN),
autorizou o Supremo Tribunal de Justiça no exílio (STJE) a
julgar o Presidente Nicolás Maduro pelos crimes de corrupção e branqueamento de
capitais, num caso que envolve a construtora brasileira Odebrecht. A resolução de aprovação foi votada com 105
votos a favor e dois contra, dos deputados Juan Marín, do Partido Socialista
Unido da Venezuela (PSUV, o partido do Governo) e de Ilénia Medina, do Partido
Pátria Para Todos (PPT) que, segundo a imprensa local, não assistem
regularmente às sessões parlamentares. A sessão da AN, onde a oposição é maioritária,
durou duas horas e teve apenas a votação da resolução como ponto único da ordem
de trabalhos.
No passado dia 9, o STJE considerou haver
"razões suficientes para levar avante o julgamento" do Presidente
Nicolás Maduro pelos crimes de corrupção e branqueamento de capitais e ordenou
a sua prisão preventiva.
A decisão foi divulgada durante uma sessão
realizada na sede do Senado da Colômbia, em Bogotá, em que além dos magistrados
designados pelo parlamento venezuelano esteve presente a ex-procuradora geral
da Venezuela, Luísa Ortega Díaz.
O veredicto teve por base uma acusação feita
pela ex-procuradora contra Nicolás Maduro, pelo alegado envolvimento "numa
rede de corrupção de altos funcionários" relativamente ao caso da
construtora brasileira Odebrecht.
O STJE declarou ainda "a privação da
liberdade" do Presidente Nicolás Maduro "e em consequência, ordenou
às Forças Armadas e a todos os serviços de segurança acatem a disposição
legal". Na mesma data, o STJE solicitou à AN que
votasse se autorizava ou não a continuidade do julgamento contra Maduro. Na Venezuela, o parlamento deve aprovar a
existência de motivos para julgar um chefe de Estado (Lusa)
Sem comentários:
Enviar um comentário