Uma sondagem
publicada hoje pelo Diário de Notícias do Funchal mostra que se as eleições
regionais se realizassem hoje, o PSD perderia a maioria absoluta no parlamento
regional e não conseguiria garanti-la coligado com o CDS.
De acordo com a
sondagem da Eurosondagem para aquele periódico funchalense, o PSD obteria
40,4%, 21 a 22 mandatos contra 30% do PS, 15 a 16 deputados, 5,9% e 3 deputados
para o Bloco de Esquerda, 5,4% e 2 a 3 deputados no caso do CDS e 4,9% e 2
deputados para a CDU. O JPP não ia além dos 4,7% e 2 deputados e o PTP ficaria
sem o único deputado que elegeu em, 2015 e com 1,9%.
"A grande
novidade é que, por tendências, no pior dos cenários, uma aliança de direita
composta por PSD e CDS já não chega para garantir a maioria absoluta. O pior
dos resultados projeta 23 deputados aos dois partidos. Uma hipótese que se
aplica também à junção da esquerda tradicional com o JPP", escreve o
jornal que realça o facto de o estudo recolocar o PS como segunda força
parlamentar regional.
Isto porque, com
apenas menos 10,4 pontos percentuais do que o PSD, isso permitiria aos
socialistas alcançar 15 a 16 dos 47 mandatos em disputa: "Na pior das hipóteses,
o PS triplicava o número de deputados (passando de 5 para 15) ficando apenas a
6 deputados dos social-democratas".
O matutino
reconhece que "sempre a beneficiar da conjuntura em vigor no País e do
facto de fazerem parte da denominada ‘geringonça’ que sustenta o governo de
Costa, surgem também BE e CDU, mas desta vez apenas com os bloquistas a terem
possibilidade de elegerem mais um deputado, embora os comunistas oscilem
somente uma décima".
Ao invés aparece
o CDS "em contínua quebra já que não iria além dos 2 ou 3 deputados, o JPP
que desceria de 5 para 2 mandatos e o PTP que perdia a representação
parlamentar conseguida em 2015 à boleia do PS".
Comparando com um
estudo de opinião divulgado em Março deste ano, nestes três meses, as grandes
tendências mantêm-se: "Com exceção do CDS, que cai 2,4 pontos percentuais,
todos melhoram ou seguram resultados, graças à diminuição do número daqueles
que não sabem ou não respondem à questão".
Na apreciação dos
resultados do estudo o DN reconhece que este estudo "permite concluir que
no desdobramento por concelhos, o PSD tem melhor resultado fora do Funchal do
que na capital madeirense ao invés do PS, BE e CDU. O JPP e PTP valem menos no
Funchal do que no resto da ilha e o CDS tem praticamente o mesmo peso nas duas
frentes de combate".
Ficha
O estudo da Eurosondagem
foi realizado entre 7 e 9 de Junho de 2017, através do método de entrevistas
telefónicas a cidadãos residentes na Madeira maiores de 18 anos. Foram
efetuadas 1.198 tentativas de entrevistas para lares com telefones de rede
fixa, das quais 188 não colaboraram no estudo de opinião. Foram validadas 1.010
entrevistas, 43,8% das quais no concelho do Funchal, o maior da região. O erro
máximo da amostra, segundo os autores, é de 3,08% ara um grau de probabilidade
de 95%
Em 2015
Recorda-se que
nas regionais de 2015, o PSD, sem Alberto João Jardim na sua liderança, manteve
a maioria absoluta no parlamento regional apenas por um deputado e uma escassa
margem de votos. Os social-democratas tiveram então 44,4% dos votos e 24
deputados, contra 13,1% e 7 deputados do CDS, segunda força política mais
votada. Uma coligação liderada então pelo PS e envolvendo o PTP, PAN e MPT não
foi além dos 11,43% e 6 deputados, quase superada pelos estreantes do JPP - que
passaram de movimento de cidadãos a partido político - que totalizou 10,28% e 5
deputados. O PCP obteve 5,5% e 2 deputados, o Bloco de Esquerda regressou ao
parlamento, de onde tinha sido afastado em 2011, e elegeu 2 mandatos e alcançou
3,8% e o extinto PND manteve o seu deputado que hoje passou a
"independente" devido à decisão do Tribunal Constitucional tomada em
2015 (Económico Madeira)
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