Se as eleições fossem hoje, PS ganhava e
ficava a mais de 19 pontos do PSD. Se as eleições legislativas fossem hoje, o
PS estaria próximo dos 44 por cento (43,7%) e o PSD ficaria a 19,1 pontos
percentuais dos socialistas, com apenas 24,6% - quase metade. Esta é uma das
principais conclusões da sondagem CM/Aximage realizada entre os dias 7 e 11 de
junho. A outra conclusão é que António Costa, primeiro-ministro e líder do PS,
bate Passos Coelho, ex-primeiro-ministro e líder do PSD, com uma vantagem nunca
vista.
Costa esmaga Passos e
PS alarga distância. No que à confiança para chefiar o Governo diz respeito, a
sondagem é clara: 69,1% escolhem António Costa contra 22,2 por cento que
preferem Passos Coelho. Há um ano, Costa já ganhava este campeonato. Só que, na
altura, os dois líderes estavam separados por ‘apenas’ 20 pontos, quando hoje
há 47 pontos percentuais a distanciá-los. O presidente do PSD tem vindo a
perder terreno na avaliação para o cargo de primeiro-ministro e no período de
doze meses caiu treze pontos percentuais. Valor que António Costa ganhou (13,9
pontos). O cenário não é mais animador para o PSD quando se olha para a
avaliação dos líderes partidários: o secretário-geral socialista lidera com
15,6 valores e Passos mantém-se fixo no fundo da tabela com 5,2 valores, um
terço da avaliação do seu adversário. O segundo lugar é ocupado por Catarina
Martins, coordenadora do Bloco de Esquerda, com 11,8 valores, seguida de
Jerónimo de Sousa, do PCP, com 10,4 valores. Assunção Cristas, líder do CDS,
não consegue nota positiva e só garante 7,7 valores numa escala de zero a 20. A
última vez que o PSD esteve à frente do PS foi em março de 2016, mês em que
Marcelo Rebelo de Sousa tomou posse como Presidente da República, com 36,1 por
cento dos votos. Mas desde novembro do ano passado que o partido não chega
sequer aos 30%. Os socialistas fizeram o caminho inverso e, se em março de
2016, tinham 33,8 %, agora superam os 40%. Em junho o BE baixou dos dois
dígitos e passou dos 10 por cento registados em maio, para os 9,7%. A CDU subiu
0,1 pontos percentuais face ao mês anterior e o CDS baixou de 5,4 para 4,6 por
cento. Por sua vez, a abstenção situou-se nos 33,6 por cento em junho contra
35,3 por cento registados em maio. Passos ou Costa? Só 6,8 por cento dos
inquiridos preferem não indicar nem António Costa nem Passos Coelho para
primeiro-ministro. Menos de sete em cada 10 inquiridos preferem outros
candidatos. Abstenção em baixa Há dois anos que o valor estimado da abstenção
não era tão baixo: 33,6%. Melhor só em julho de 2015, quando o valor se ficou
pelos 33,2 por cento. PSD recusa comentar Ainda antes de receber os dados da sondagem,
o PSD já antecipava ao CM que não costuma comentar projeções. Isso mesmo acabou
por acontecer (Correio da Manhã)
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