Constou-me hoje
que há uma nova sondagem sobre as eleições no Funchal - não consegui perceber
por encomenda de quem - que parece apontar para resultados verdadeiramente
preocupantes em termos da realidade política futura na cidade do Funchal.
Quando se
diabolizam as maiorias absolutas, há que explicar às pessoas que não há
maiorias absolutas diferentes umas das outras. Elas são sempre maiorias
absolutas independentemente da instituição a que se referem. Segundo me
disseram os resultados parecem apontar para a continuidade com valores que
reforçam e muito, a almofada política que neste momento existe. Muito
sinceramente acho que os partidos políticos, que se multiplicam em candidaturas
que apenas servem para tirar votos uns aos outros, deviam pensar muito a sério
se determinadas estratégias feitas em função de objectivos pessoais,
corporativistas ou outros, prejudicam ou não aquele que dizem ser - será mesmo?
- o objectivo eleitoral deles quando se aplicar o método de Hondt. Como
espectador interessado na política - e sou - do que se vai passando, depois de
23 anos envolvido em campanhas eleitorais - confesso que me interrogo sobre a
inexistência de uma planificação devidamente pensada e estruturada e do
consequente levantamento sobre as reais necessidades e aspirações das pessoas em
cada uma das freguesias. Sem isso é caso para dizer se os candidatos a derrubar
Cafofo querem chegar ao combate eleitoral com uma mão vazia e outra cheia de coisa
nenhuma caindo em lugares comuns e discursos absolutamente vazios e a
justificarem a indiferença. Ainda há algum tempo. Reúnam-se, discutam, elaborem
uma planificação plausível, vão ao encontro das freguesias, dos sítios, das
pessoas e criem condições para o confronto que aí vem e que será bem duro. E,
antes de tudo, tentem mobilizar as pessoas, porque não podemos ter eleições
autárquicas cuja abstenção foi de 40% em 2005, 45% em 2009 e 47,5% em 2013.
Uma nota final:
tudo isto ressalvando a contra-informação que existe a propósito de sondagens e
a dificuldade em identificar o "encomendador" quando aparecem no
circuito agências de comunicação continentais contratadas para o efeito.
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