A questão dos condomínios
- e temos que ser claros - pode ter muito a ver com as empresas que fazem a sua
gestão, até admito que nalguns casos pontuais com o carácter de quem está associado
a essa actividade. Mas quando estes problemas aparecem, é óbvio que eles passam
também e muito pelo facto da crise ter afectado e muito os pagamentos devidos a
essas empresas por parte dos condóminos, originando o crescimento do
endividamento. Acresce que de uma maneira geral - não estou a generalizar - a
esmagadora maioria dos condóminos limita-se a pagar o que lhe é cobrado e pouco
ou mais nada querem ter a ver com o assunto. Basta ver o que se passa com
muitas assembleias gerais de condomínios, muitas delas sem quorum deliberativo,
etc. Não podemos analisar o assunto
apenas para um lado. Tem que haver regulamentação, concordo que sim, embora não
perceba muito bem como deve ser balizada essa regulação. Ideias não faltarão
por certo. Mas tem é que haver, provavelmente antes disso, uma
consciencialização e uma mobilização dos condomínios na defesa do que é seu, do
seu património, do seu investimento, do seu bem mais precioso que é sempre a
casa de alguém. E perceber os problemas de muitos vizinhos que ficaram
desempregados com a crise, que passam por dificuldades devido a uma crise que
ainda persiste e que precisam de ser chamados, ajudados e envolvidos, não
postos à margem ou diabolizados. Por isso estas discussões têm que ser feitas
com muita cautela, sem radicalismos, sem excessos e sobretudo sem
desconhecimento da realidade social (LFM)
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