quinta-feira, setembro 29, 2016

Falando de condomínios

A questão dos condomínios - e temos que ser claros - pode ter muito a ver com as empresas que fazem a sua gestão, até admito que nalguns casos pontuais com o carácter de quem está associado a essa actividade. Mas quando estes problemas aparecem, é óbvio que eles passam também e muito pelo facto da crise ter afectado e muito os pagamentos devidos a essas empresas por parte dos condóminos, originando o crescimento do endividamento. Acresce que de uma maneira geral - não estou a generalizar - a esmagadora maioria dos condóminos limita-se a pagar o que lhe é cobrado e pouco ou mais nada querem ter a ver com o assunto. Basta ver o que se passa com muitas assembleias gerais de condomínios, muitas delas sem quorum deliberativo, etc.  Não podemos analisar o assunto apenas para um lado. Tem que haver regulamentação, concordo que sim, embora não perceba muito bem como deve ser balizada essa regulação. Ideias não faltarão por certo. Mas tem é que haver, provavelmente antes disso, uma consciencialização e uma mobilização dos condomínios na defesa do que é seu, do seu património, do seu investimento, do seu bem mais precioso que é sempre a casa de alguém. E perceber os problemas de muitos vizinhos que ficaram desempregados com a crise, que passam por dificuldades devido a uma crise que ainda persiste e que precisam de ser chamados, ajudados e envolvidos, não postos à margem ou diabolizados. Por isso estas discussões têm que ser feitas com muita cautela, sem radicalismos, sem excessos e sobretudo sem desconhecimento da realidade social (LFM)

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