quarta-feira, novembro 11, 2015

Alberto João Jardim: “Cavaco tem margem para um Governo de iniciativa presidencial”

O ex-Conselheiro de Estado de Cavaco Silva considera que o Presidente da República pode formar um governo de iniciativa presidencial, formado na área do “bloco central” que, mesmo caindo no Parlamento, fique em gestão até novas eleições.
Deve o Presidente indigitar António Costa como primeiro-ministro, na sequência do acordo alcançado entre o PS  e os partidos de esquerdas?
O senhor Presidente da República deve tomar a decisão que a sua consciência julgue de interesse nacional, até porque, como declarou, tem as hipóteses todas avaliadas.
O acordo entre o PS e a esquerda é estável e duradouro para assegurar governabilidade do país? 
É uma questão de fé. Mas não vejo que a maneira como este “acordo” se processou, dê garantias de credível, estável e duradouro.
Tem o Presidente da República alguma margem para tomar outra decisão que não seja a de indigitar António Costa?
Tem. Um governo de iniciativa presidencial, formado na área do “bloco central” que, mesmo caindo no parlamento, fique em gestão até novas eleições. Até porque Portugal precisa de outros dirigentes partidários. Estes são a razão do estado de coisas a que chegámos mercê da crise mediocrática do actual panorama partidário, com o qual não se identificam metade dos portugueses.
O PS arrisca a ser prejudicado nas próximas eleições por governar com um acordo  à esquerda?
É futurologia. O importante  é mudar nos partidos. 
Como vê o futuro do país  com um governo PS e apoio parlamentar da esquerda?
Como adversário que sou do sistema político-constitucional ainda vigente, o tempo dar-me-à razão (Económico, pela jornalista Lígia Simões)

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