segunda-feira, novembro 25, 2013

Bancos em Portugal com prejuízo superior a 1,5 mil milhões de euros até setembro

Li aqui que "os primeiros nove meses do ano traduzem-se num prejuízo de 1,55 mil milhões de euros, segundo os números disponíveis no portal do Banco de Portugal. Das 24 entidades financeiras analisadas, metade teve lucros e a outra metade prejuízos. Porém, como a maioria dos principais bancos registou perdas consideráveis, o resultado final revela que as contas da atividade 'como um todo' estão 'no vermelho'. Entre janeiro e setembro, o BCP liderou os prejuízos (597 milhões de euros), seguido pelo BES (381 milhões de euros), pela CGD (278 milhões de euros), pelo Banif (243,5 milhões de euros) e pelo Montepio (205,2 milhões de euros). Só estas cinco instituições têm perdas superiores a 1,7 mil milhões de euros, sendo as responsáveis pela 'fatia de leão' dos prejuízos do setor. Juntando a estes resultados os prejuízos do BBVA Portugal (57,5 milhões de euros), do Banco Madesant (12,5 milhões de euros), do Banco Popular Portugal (7,5 milhões de euros), do Crédito Agrícola (4 milhões de euros), do Banco Invest (2,6 milhões de euros), do AtivoBank (2,5 milhões de euros), e do Banco BIC (850 mil euros), o montante global dos prejuízos sobe para 1,8 mil milhões de euros. O resultado global do setor é atenuado pelos lucros obtidos, principalmente, pelo BPI (72,7 milhões de euros), pelo Santander Totta (60,5 milhões de euros), pelo Banco BiG (42 milhões de euros), pelo BNP Paribas Personal Finance (26 milhões de euros) e pelo Credibom (14,2 milhões de euros). Some-se o contributo positivo do Banco Best (8,6 milhões de euros), do Banco Carregosa (7,7 milhões de euros), do BAI Europa (3,6 milhões de euros), do Banco Privado Atlântico Europa (1,9 milhões de euros), do Banco Primus (1,8 milhões de euros), do Banco Finantia (1,5 milhões de euros), e do Banco Rural Europa (1,1 milhões de euros), e obtêm-se lucros combinados pouco acima dos 241 milhões de euros. Nota para a ausência nesta análise de algumas entidades que, apesar de terem uma certa dimensão no mercado português, não têm obrigação legal de comunicar os resultados trimestrais, pelo que não são abrangidos. É o caso do Barclays Portugal e do Deutsche Bank. novidade, mas antes uma tendência que se arrasta desde 2011, ano em que houve um agudizar da crise em termos nacionais e que ficou marcado pela entrada da 'troika' (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) no país. Ainda na semana passada, o presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB), Faria de Oliveira, admitiu num evento em Lisboa que os resultados dos bancos, em termos globais, deverão continuar pressionados durante mais dois anos, mas acredita que as entidades portuguesas vão passar sem dificuldades nos testes de 'stress' europeus. "É difícil fazer uma previsão de quanto mais tempo poderão demorar os prejuízos. Os anos de 2011 a 2015 vão ser difíceis em termos de rentabilidade", afirmou o representante da banca portuguesa. Pela positiva, Faria de Oliveira assinalou que "a banca portuguesa tem tido uma resposta notável ao conjunto de desafios que a banca tem enfrentado", apontando para a pressão do ambiente económico, a pressão regulatória e a pressão tecnológica. A entrada em funcionamento da União Bancária Europeia é o próximo desafio para o setor"