Segundo o Publico, num texto da jornalista Raquel Almeida Correia, "mais de 90% dos estrangeiros que visitam Portugal querem regressar. Ficam surpreendidos com a paisagem e menos satisfeitos com os serviços. O que gostariam de ver melhorado? A crise económica, respondem. A forma como os turistas estrangeiros visitam Portugal está a mudar. Um inquérito do Turismo de Portugal mostra que viajam cada vez mais sozinhos, optando por ficar alojados em casa de amigos ou familiares. Se há indicador que não parece alterar-se é o motivo que os traz ao país: o clima. O mesmo acontece com a vontade de regressar a território nacional. De acordo com o estudo, mais de 90% diz-se disposto a fazê-lo. E, quando tal acontecer, há um problema que querem ver resolvido: a crise económica. O estudo Satisfação de Turistas, que tem como base entrevistas realizadas em Agosto e Setembro a 834 turistas de sete países e dá seguimento a um trabalho produzido pelo Turismo de Portugal desde 2010, mostra que 64% dos inquiridos querem voltar “de certeza” a Portugal nos próximos três anos. Outros 27% responderam que vão regressar “provavelmente” e apenas 9% acreditam que tal não irá acontecer. Dos que mostram mais vontade em repetir férias em território nacional, destacam-se os visitantes escandinavos (97%).Mas, tendo em conta as mudanças de comportamento face a 2012, é natural que este regresso seja feito em moldes diferentes. É que, no espaço de um ano, muito mudou na forma como estes turistas, provenientes de Espanha, França, Brasil, Reino Unido, Alemanha, Holanda e Países Escandinavos passam férias em Portugal. A começar pelo facto de viajarem cada vez mais sozinhos. Este tipo de visita representou 16% da amostra, quando no ano passado se ficava por 7%. Já as viagens com crianças desceram de forma expressiva: de 24 para apenas 9%. As deslocações com adultos mantiveram um nível mais constante, subindo cinco pontos percentuais para 75%. Também se regista mudanças no perfil destes visitantes no que diz respeito ao alojamento, concluindo-se que optam cada vez mais por não pagar estadia. Dos turistas inquiridos 19% responderam que ficam em casa de familiares e amigos, quando este patamar era de 10% em 2012.Em contrapartida, o aluguer de moradias e de apartamentos caiu de 27 para 12%. Os hotéis, aparthotéis e pousadas mantiveram-se como a primeira escolha destes visitantes, com uma preferência de 52% (um recuo de apenas um ponto percentual face ao ano passado). Outro dado importante é o facto de 6% terem referido que ficaram em casa própria, quando esta opção tinha sido referida por apenas 1% da amostra em 2012.
Lisboa ultrapassa Algarve
As regiões que escolhem para visitar são quase sempre as mesmas, mas no estudo de 2013 o Algarve foi ultrapassado por Lisboa, que somou 48% das preferências, enquanto a região mais a sul se ficou por 42%, quando em 2012 tinha alcançado 46% (e a capital 42%). Já o facto de serem turistas estacionários, que visitam apenas um local, tem-se mantido, já que apenas 26% fazem circuitos (25% no ano passado). A forma como tomam conhecimento de Portugal também sofreu alterações, já que a Internet (22%) foi ultrapassada pela recomendação de familiares e amigos, que pesa agora 36%. No ano anterior, o país tinha sido descoberto na web por 40% dos entrevistados e apenas 31% referiam ter havido uma recomendação. Já os critérios que os levam à decisão de visitar o território nacional mantêm-se inabalados, com o clima a liderar, como tem acontecido desde 2010. A grande maioria dos visitantes estrangeiros deixa Portugal satisfeito, especialmente com as paisagens, a gastronomia e vinhos e as praias. Por outro lado, sentem-se mais defraudados no que diz respeito aos serviços oferecidos, sobretudo na saúde, aluguer de carros, restaurantes e actividades náuticas. Quando se pergunta o que gostariam de ver melhorado para uma próxima visita, a resolução da crise económica lidera, seguindo-se a redução de preços e do nível de poluição. Com a retracção da procura interna, os turistas internacionais têm vindo a segurar os resultados do sector este ano. Entre Janeiro e Agosto, as dormidas destes visitantes cresceram 7,9%, representando mais de 70% do total. Isto enquanto os visitantes portugueses registaram um decréscimo de 1,6% nas estadias nos hotéis portugueses. As maiores subidas têm sido protagonizadas pelos Estados Unidos, Irlanda, França e Alemanha"
Lisboa ultrapassa Algarve
As regiões que escolhem para visitar são quase sempre as mesmas, mas no estudo de 2013 o Algarve foi ultrapassado por Lisboa, que somou 48% das preferências, enquanto a região mais a sul se ficou por 42%, quando em 2012 tinha alcançado 46% (e a capital 42%). Já o facto de serem turistas estacionários, que visitam apenas um local, tem-se mantido, já que apenas 26% fazem circuitos (25% no ano passado). A forma como tomam conhecimento de Portugal também sofreu alterações, já que a Internet (22%) foi ultrapassada pela recomendação de familiares e amigos, que pesa agora 36%. No ano anterior, o país tinha sido descoberto na web por 40% dos entrevistados e apenas 31% referiam ter havido uma recomendação. Já os critérios que os levam à decisão de visitar o território nacional mantêm-se inabalados, com o clima a liderar, como tem acontecido desde 2010. A grande maioria dos visitantes estrangeiros deixa Portugal satisfeito, especialmente com as paisagens, a gastronomia e vinhos e as praias. Por outro lado, sentem-se mais defraudados no que diz respeito aos serviços oferecidos, sobretudo na saúde, aluguer de carros, restaurantes e actividades náuticas. Quando se pergunta o que gostariam de ver melhorado para uma próxima visita, a resolução da crise económica lidera, seguindo-se a redução de preços e do nível de poluição. Com a retracção da procura interna, os turistas internacionais têm vindo a segurar os resultados do sector este ano. Entre Janeiro e Agosto, as dormidas destes visitantes cresceram 7,9%, representando mais de 70% do total. Isto enquanto os visitantes portugueses registaram um decréscimo de 1,6% nas estadias nos hotéis portugueses. As maiores subidas têm sido protagonizadas pelos Estados Unidos, Irlanda, França e Alemanha"
