O Governo novo era o que se esperava. Sai Álvaro - o único sacrificado, para além de Vítor Gaspar, que já fora substituído por Maria Luís Albuquerque - e entram três novos ministros. Na verdade dois novos ministros e um velho ministro, Rui Machete já foi de vários governos, embora a última vez que esteve num Executivo fosse há 30 anos.
Nessa época também estava numa espécie de Governo de Salvação Nacional - o chamado 'Bloco Central', a aliança PS/PSD, no qual foi ministro da Justiça, ministro da Defesa e vice-primeiro-ministro, após a saída de Carlos Mota Pinto, que viria a falecer subitamente, e foi nessa qualidade que assinou a adesão de Portugal à Europa.
Os 73 anos de Machete e os seus mais de 40 anos de experiência política podem, em teoria, dar consistência ao Executivo. Infelizmente, o facto de ter estado na SLN está a tornar-se numa arma de arremesso contra a sua nomeação. Não conheço as responsabilidades de Rui Machete nessa frente, mas não suporto insinuações vagas, como as que a ex-ministra do PS Gabriela Canavilhas fez ontem. Se foi cúmplice de algum dos muitos golpes que houve no BPN, haja quem o prove e exija-se a sua saída do Governo; se não foi, o facto de ter passado por lá não o torna cúmplice de nada, menos ainda suspeito ou pária.
De resto, o CDS, reforçado com Pires de Lima, fica com toda a parte social - emprego, economia, segurança social -, dois independentes - Nuno Crato e Paulo Macedo - com as sensíveis pastas da Educação e Saúde, e o PSD com o resto.
Paulo Portas sobe a vice-primeiro-ministro. Todos dizem que está amarrado e está. Tem os dois pés dentro e, pior do que isso, a cabeça no cepo depois da cena do 'irrevogável'.
Passos Coelho salvou-se de boa: tem o CDS e os independentes a fazer o trabalho difícil e um sénior no MNE. Mantém-se no Governo e acaba por ser o vencedor desta trapalhada toda. E nem merecia a sorte que teve" (texto de Henrique Monteiro, Expresso com a devida vénia)
Nessa época também estava numa espécie de Governo de Salvação Nacional - o chamado 'Bloco Central', a aliança PS/PSD, no qual foi ministro da Justiça, ministro da Defesa e vice-primeiro-ministro, após a saída de Carlos Mota Pinto, que viria a falecer subitamente, e foi nessa qualidade que assinou a adesão de Portugal à Europa.
Os 73 anos de Machete e os seus mais de 40 anos de experiência política podem, em teoria, dar consistência ao Executivo. Infelizmente, o facto de ter estado na SLN está a tornar-se numa arma de arremesso contra a sua nomeação. Não conheço as responsabilidades de Rui Machete nessa frente, mas não suporto insinuações vagas, como as que a ex-ministra do PS Gabriela Canavilhas fez ontem. Se foi cúmplice de algum dos muitos golpes que houve no BPN, haja quem o prove e exija-se a sua saída do Governo; se não foi, o facto de ter passado por lá não o torna cúmplice de nada, menos ainda suspeito ou pária.
De resto, o CDS, reforçado com Pires de Lima, fica com toda a parte social - emprego, economia, segurança social -, dois independentes - Nuno Crato e Paulo Macedo - com as sensíveis pastas da Educação e Saúde, e o PSD com o resto.
Paulo Portas sobe a vice-primeiro-ministro. Todos dizem que está amarrado e está. Tem os dois pés dentro e, pior do que isso, a cabeça no cepo depois da cena do 'irrevogável'.
Passos Coelho salvou-se de boa: tem o CDS e os independentes a fazer o trabalho difícil e um sénior no MNE. Mantém-se no Governo e acaba por ser o vencedor desta trapalhada toda. E nem merecia a sorte que teve" (texto de Henrique Monteiro, Expresso com a devida vénia)