Segundo o jornalista do Jornal I, Luís Rosa, “a maioria dos inquiridos diz que a indecisão do autarca não afecta a sua candidatura à Câmara de Lisboa. Foi a pergunta política do final de Janeiro/principio de Fevereiro: António Costa disputa a liderança do PS com o actual secretário-geral António José Seguro? A candidatura do autarca lisboeta chegou a ser dada como certo pelos seus apoiantes na Comissão Política Nacional de 29 de Janeiro, mas o próprio Costa acabou por recuar. Mais tarde, na Comissão Nacional de Coimbra, realizada a 10 de Fevereiro, o presidente da Câmara de Lisboa apoiou um documentação de orientação estratégica apresentado por Seguro. Uma maioria simples de 53,2% dos inquiridos consideram que Antónia Costa deveria ter avançado para a liderança do PS, disputando o cargo com António José Seguro - que anunciou a sua recandidatura na Comissão Política Nacional de 29 de Janeiro. Os homens mais jovens, com idades entre os 18 e os 24 anos, de classe média baixa e que votaram PSD e CDS-PP nas últimas legislativas, são os grandes apoiantes da candidatura do autarca lisboeta. Cerca de um terço da amostra (30,4%, para ser mais exacto), concordaram com a decisão de Costa, enquanto que 16,4% não se pronunciaram.
Costa não é afectado
Criticado pela generalidade dos comentadores políticos, alguns dos seus apoiantes recearam que a recandidatura à Câmara de Lisboa fosse afectada pela hesitação demonstrada. A julgar pela amostra do barómetro i/Pitagórica de Fevereiro, António Costa não tem razões para se preocupar: 46,1% dos inquiridos entendem que o recuo na candidatura à liderança do PS não afecta a corrida eleitoral autárquica de Outubro. 22,8% da amostra entende que a hesitação demonstrada por Costa enfraquece a sua apresentação às urnas, enquanto que uma minoria de 14,1% entendem que Costa saiu reforçado do processo interno do PS. Os inquiridos dividem-se sobre as consequências para António José Seguro. Uma ligeira maioria dos inquiridos (37,2%) entende que a actual liderança do PS saiu enfraquecida, enquanto que 33,3% dos inquiridos considera que o avanço-recuo de Costa é irrelevante para o secretário-geral do PS e apenas 12% considera que Seguro saiu reforçado. Os inquiridos masculinos, entre os 18 e os 34 anos, que votaram no CDS-PP nas últimas legislativas são os que entendem que a possível candidatura de António Costa a secretário-geral do PS afectou negativamente a liderança de António José Seguro”