sexta-feira, março 15, 2013

Conheça os números negros de Gaspar


Segundo o Dinheiro Vivo, "Com o fim da sétima avaliação do programa de ajustamento, o Governo já acertou as previsões macroeconómicas para os próximos anos. Crescimento do PIB, défice, dívida, exportações e desemprego. Conheça as previsões do Governo:
- Para a economia, o Governo previa -1% em 2013 mas espera agora -2,3%, por outro lado, o desemprego irá disparar para 18,2% - o que traduz um forte agravamento face aos 16% inicialmente esperados -, sendo que ainda subirá para 18,5% em 2014. Diz Gaspar que "a evolução inter-anual será muito marcada.
- O desemprego poderá atingir um valor de quase 19 %, começando a diminuir só em 2014". Já a dívida pública atingirá o pico em 2014, ascendendo então a 124% do PIB, valor que o ministro das Finanças justifica como sendo resultado da "nova trajectória orçamental".
Com o veto da Euostat à utilização das receitas de concessão da ANA - Aeroportos para redução do défice, o desequílibrio entre receitas e despesa de 2012 será de 6,6% - o que traduz uma derrapagem de 1,6 pontos percentuais face ao que estava previsto. Para éste e´os próximos anos, as metdas do défice também foram revistas. O novo calendário e metas de défice apontam agora para um desequilíbrio de 5,5% em 2013; 4% em 2014 e 2,5% em 2015. Apesar das novas metas, Vitor Gaspar precisou que não está em causa mais tempo nem mais dinheiro. "O programa terminará em junho de 2014. Trata-se sim de alargar o prazo de forma a atingir um défice orçamental inferior a 3% já em 2015". Mas os números de Gaspar não ficam por aqui, e também as exportações sofreram uma "revisão em baixa face ao cenário estabilizado no final do quinto exame". Assim, o Governo antecipa, um crescimento de 4% em 2012; e um abrandamento enorme para 2013, com as exportações a crescerem apenas 1,8% (antes previa 1,9%).Em 2014, Gaspar antecipa um crescimento de 0,6% das exportações liquidas; para 2013 preveem-se 1,8% e em 2012 o valor situou-se nos 4,4%. De qualquer forma, este ano o Governo ainda prevê um ligeiro aumento no último trimestre do ano. O mesmo vai acontecer com a procura interna, que terá somado perdas de 7% em 2012 e 4,1% em 2013. Em 2014, a procura interna irá ficar em 0%. Anteriormente, o Governo previa que em 2014 a procura interna já estivesse positiva, em 0,3%"