sexta-feira, fevereiro 01, 2013

Sondagem i/Pitagórica. Cavaco e governo recuperam, mas ficam em terreno negativo

Escreve o Jornal I que ”56,9% dos inquiridos dão nota abaixo de 8 ao governo. O Presidente tem 46,3% a darem-lhe negativa. Cavaco Silva tem hoje uma imagem menos negativa junto dos portugueses do que a registada nos últimos meses. A avaliação da actuação do Presidente da República saltou de um saldo de 6,1 no barómetro de Dezembro para 7,2, o melhor valor desde que em Outubro arrancou o barómetro i/Pitagórica. O discurso de Ano Novo em que se distanciou do Orçamento do Estado – que promulgou, mas enviou para o Tribunal Constitucional para fiscalização sucessiva – pode ser responsável por este ligeiro aumento de popularidade do Presidente da República. No entanto, Cavaco Silva persiste em terreno negativo, ficando para a história como o primeiro Presidente da República com uma enorme queda de popularidade – acentuada pela infeliz declaração de que as suas reformas e as da mulher não chegavam “para as despesas” produzida há um ano – e não tem sido capaz de inverter o fenómeno. Todos os Presidentes eleitos desde que se vulgarizaram as sondagens – Mário Soares e Jorge Sampaio – registaram sempre taxas elevadíssimas de popularidade. O governo também recupera a sua imagem. Interrogados sobre como avaliam a actuação do governo – através de uma classificação de 0 a 20, 56,9% dos inquiridos dão uma nota claramente negativa, abaixo de 8. No entanto, no mês passado era maior a percentagem de inquiridos que dava esta média ao governo. Entre os que mudaram de ideias, 7,1% optaram por escolher uma média entre 8 e 14, enquanto 1,1% optou por uma classificação claramente positiva – entre 14 e 20. Mas apenas uma minoria de inquiridos – 11,2% – considera a actuação do governo francamente boa. No entanto, desde que existe o barómetro i/Pitagórica, este é o melhor resultado obtido pelo governo na avaliação dos inquiridos. Em Outubro, no auge da discussão à volta da apresentação do Orçamento do Estado e ainda no rescaldo da polémica da Taxa Social Única, a média que o governo conseguiu no barómetro foi 6 pontos. Esse resultado consegue ser ainda pior em Novembro – 5,8 – depois de conhecido o Orçamento do Estado em toda a sua extensão e durante a discussão parlamentar, a que se acrescentou a crise na coligação. Piora ainda em Dezembro, com o Orçamento aprovado sem grandes melhorias e com a ameaça do corte de 4 mil milhões na despesa já anunciada pelo ministro das Finanças. No mês passado, a média do governo é de 5,5. O salto para os 6,4 pode ser explicado pela euforia à volta do regresso aos mercados – ou com o caos instalado no PS a desviar as atenções do pior”