quarta-feira, fevereiro 27, 2013

Madeira: o CDS e a RTP...

Afinal, pelas notícias publicadas na comunicação social local, concretamente pelo DN do Funchal (e que confirmam as informações dadas há alguns dias neste blogue), o CDS regional que foi a correr reunir-se com a administração da RTP em Lisboa, como se fosse portador de alguma solução - que não tem nem nunca teve - veio com as duas mãos a abanar. Melhor, uma vazia, outra sem coisa nenhuma. Acho que é tempo de perceberem que não vale a pena politizar uma questão que é demasiado séria para servir como instrumento de brincadeira ou "guerras" idiotas por parte dos partidos da oposição, só porque não querem, incluindo o CDS, que o Governo Regional seja envolvido na RTP madeirense, mas já nada diz quando a mesma solução está em cima da mesa nos Açores, com o governo regional local. O que me parece é que estamos perante numa atitude de hipocrisia lamentável e absolutamente execrável. Até porque, em função do noticiado, há um cenário de despedimentos em perspectiva para que a RTP da Madeira venha para um valor de custo anual da ordem dos 3 a 4 milhões de euros.
O CDS local sabe, eu sei que sabe, mas esconde-o (porque não convém) que não há investidores privados interessados na RTP da Madeira e dos Açores, pelo menos nos moldes em que estão estruturados e funcionam estes centros. Sabe também, eu sei que sabe, mas esconde-o, que a atituide relativamente aos centros regionais nas duas regiões autónomas, poder estar tomada mas não divulgada. Posto de lado (pelo menos até ver) o encerramento total, como chegou a ser inicialmente admitido (e o CDS regional sabe disso, eu sei que sabe, mas esconde-o), em cima da mesa estará uma decisão que implica partilha de responsabilidades. Confesso que a minha dúvida prende-se com a disponibilidade de recursos financeiros - que tendencialmente serão crescentes nesta conjuntura de crise e de fortíssima contenção orçamental - que permitam que a Região assuma responsabilidades que terão obviamente impacto na estrutura orçamental regional.