terça-feira, fevereiro 26, 2013

Queixa do SJ: ERC confirma que partilha de conteúdos é risco para o pluralismo

Li aqui que "a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) confirmou que a fusão das secções de Economia do “Jornal de Notícias” e do “Diário de Notícias” e a partilha de informação económica entre o JN, o DN e o “Dinheiro Vivo” representam um risco para o pluralismo e a diversidade informativa, considera a Direcção do Sindicato dos Jornalistas. A deliberação do Conselho Regulador da ERC de 13 de Fevereiro, sobre uma participação do SJ de 27 de Maio de 2011, “veio confirmar que o SJ tinha – e tem! – razão ao contestar as alterações ao Estatuto do Jornalista que permitiram às empresas jornalistas reutilizar as criações dos jornalistas em tantos órgãos de informação quantos possuir e/ou participar”, afirma a Direcção do SJ em comunicado.
“Assim como (o Sindicato) tinha – e tem razão! – ao afirmar que a operação que a Global Notícias tinha em marcha e que consumou constituía um risco muito sério para o pluralismo informativo”, acrescenta a nota. Recorde-se que em causa estava a extinção das secções de Economia dos dois jornais diários generalistas da empresa Global Notícias e a criação e uma unidade destinada a fornecer a informação económica a ambas as publicações, bem como a assegurar a produção de um sítio especializado em Economia – Dinheiro Vivo - e um suplemento semanal a distribuir pelo JN e pelo DN.
Ao fundamentar a sua deliberação, o CR da RC “reafirma que a opção da Global Notícias poderá implicar uma fragilização da diversidade de informação disponibilizada ao público, enfraquecendo uma visão plural dos acontecimentos noticiados e a possibilidade de expressão e confronto das diversas correntes de opinião”. Aquele órgão considera também que a “realidade criada” pela empresa “afecta direitos dos jornalistas tal como reconhecidos na lei portuguesa como parte integrante do seu estatuto profissional”. Comentando a deliberação da ERC, que exorta as direcções das publicações periódicas em causa e da TSF a manterem “a autonomia, a identidade e a diversidade dos seus projectos editoriais, com pleno respeito pelos direitos dos jornalistas”, a Direcção do SJ reafirma o seu propósito de defender os direitos dos jornalistas e declara estar atenta a eventuais projectos semelhantes noutras empresas".