Segundo o Sol num texto do jornalista Manuel A. Magalhães, "a frustração das ‘tropas’ de António Costa pelo recuo inesperado na reunião da Comissão Política, que acabou com um abraço a António José Seguro, exprimia-se esta semana nos corredores do Parlamento em palavras fortes. «Estou lixado» era uma versão moderada. Na terça-feira, quando subiram a escadaria do Largo do Rato, os apoiantes de Costa tinham missões distribuídas, discursos combinados e até um director para a campanha interna apontado: Jorge Lacão, ex-ministro de José Sócrates. O recuo de Costa deixa os costistas desmobilizados. «Comigo não contam para mais nada», desabafava um deputado da primeira linha. E se Costa avançar mais à frente? O momento passou, respondem. Jorge Lacão é um dos que duvidam que a ocasião se repita: «Este foi um daqueles momentos em que os comboios mudam de agulha», diz ao SOL, explicando que «não aceitou qualquer tipo de convite para acção prática». Outro ex-ministro de Sócrates é mais duro ainda. Escrevendo no Facebook, Augusto Santos Silva diz: «O taticismo é um erro político. O unanimismo é um erro político. (...) Andar aos ziguezagues é um erro político. Pensar que se pode tomar decisões sobre programas e lideranças do PS como se fossem moções da JS de há trinta anos é um erro político, um enorme e talvez fatal erro político».