domingo, dezembro 23, 2012

Portugal tem o dobro das empresas públicas da média da OCDE

Diz o Jornal I que o “número de privatizações entre 1990 e 2000foi dos mais altos da OCDE e Estado arrecadou nesse período 25,2 mil milhões A comparação internacional do sector empresarial do Estado (SEE) posiciona Portugal numa situação desfavorável. Segundo o anuário do SEE, ontem divulgado pela Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas (OTOC), Portugal tem mais do dobro das empresas públicas da média dos países da OCDE. Em 2011, as empresas públicas nacionais ascendiam a 93, o que compara com 38,8 empresas na média dos países da OCDE. O SEE português era o segundo com maior número de empresas, só superado pela Espanha com 151 empresas públicas. Também em número de colaboradores Portugal está acima da média da OCDE, contabilizando 180 577 empregados, o que compara com o número médio de 172 061 funcionários no total de países da OCDE. O anuário mostra ainda que Portugal tem o segundo mais alto número de empresas em relação à sua dimensão, com 8,7% de empresas por milhão de habitantes, só atrás da Noruega (com 9,4%). O peso dos empregados das empresas públicas na população do país é de 1,7% em Portugal, um número equivalente ao da Finlândia, mas que fica a grande distância da líder do ranking, a Noruega. Numa altura em que as privatizações voltam a estar na ordem do dia, o relatório apresenta um balanço das receitas obtidas por Portugal na década de 1990 a 2000. “A magnitude do processo de privatizações em Portugal foi comparativamente das mais altas dos países da OCDE no período entre 1990 e 2000”, garantem os técnicos oficiais de contas. Portugal foi o país com maior número de privatizações entre os países da OCDE. No total, o Estado arrecadou 25,2 mil milhões de euros, equivalentes a 2544 euros per capita, o que compara com a média de 1329 euros per capita na média dos países da OCDE. O peso das receitas de privatizações no produto interno bruto português atingiu 18,24%, enquanto o impacto médio nos países da OCDE não foi além de 6,73%. O esforço financeiro do Estado com apoios às empresas públicas, através de indemnizações compensatórias, dotações de capital, empréstimos e assunção de passivos, foi de 6,9 mil milhões de euros em 2011”.