segunda-feira, dezembro 10, 2012

À terceira, cartéis de droga mataram a mulher que os desafiou

Segundo a revista Sábado, “o corpo de Maria Santos Gorrostieta foi encontrado numa berma de estrada. Deixa três filhos, mas já é uma heroína no México. Quando em 2008 assumiu o cargo de presidente da câmara de Tiquicheo e fez da luta contra os cartéis de droga uma bandeira do seu mandato, Maria Santos Gorrostieta sabia que estava provavelmente a assinar a sua sentença de morte. Com apenas 32 anos e uma carreira recente como médica, Gorrostieta não se atemorizou com os 20 políticos já assassinados pelos cartéis na guerra civil que assola as regiões fronteiriças do México com os Estados Unidos e que já causou a morte a 60 mil pessoas nos últimos 6 anos. A primeira tentativa foi em Outubro de 2009. Gorrostieta ia no carro com o marido quando sofreu uma emboscada de várias homens armados. Ele morreu, ela sobreviveu. Em Janeiro de 2010, nova tentativa com o mesmo método. Foi baleada várias vezes, mas voltou a sobreviver. Gorrostieta fez questão de mostrar as marcas no corpo para que todo o México visse a brutalidade dos cartéis. As suas declarações foram um novo acto de desafio: “Não me posso render quando tenho três filhos, que tenho de educar pelo exemplo, e também em memória do homem da minha vida, o pai dos meus três pequeninos, que me ensinou o valor das coisas e a lutar por elas.” No dia 14 de Novembro, Gorrostieta foi dada como desaparecida. O corpo (com sinais de tortura e queimaduras) foi encontrado numa berma de estrada. O segundo marido está desaparecido”.