Escreve a jornalista do Publico, Ana Rute Silva que "nos próximos meses, os consumidores não vão conseguir pôr dinheiro de lado. As expectativas dos portugueses são cada vez mais pessimistas. Nos próximos meses, 64 por cento admite que não vai conseguir poupar dinheiro e 81 por cento vai comprar o indispensável e não planeia aumentar as despesas. Os dados constam do Observador Cetelem, feito a partir de um inquérito realizado a 600 pessoas, e foram analisados em colaboração com a Nielsen. “Estas conclusões mostram claramente que a prudência será o comportamento adoptado pelos consumidores portugueses durante o período de recessão”, refere o estudo. Da amostra, apenas 32 por cento acredita que vai conseguir aumentar as poupanças. E a percentagem sobe nos inquiridos entre os 25 e os 34 anos (43 por cento). A faixa etária dos 55-65 anos é a mais pessimista: 69 por cento garante que não vai conseguir poupar. Como seria previsível, as classes mais desfavorecidas são as mais penalizadas pela crise (72 por cento trava a poupança e 88 por cento não vai aumentar o consumo). Optimistas só os portugueses entre os 35 e os 44 anos: 27 por cento planeia aumentar as despesas e gastar mais dinheiro. “O contexto mantém-se globalmente marcado por um poder de compra limitado e o comportamento dos consumidores ressente-se disso mesmo, daí não existir intenção de aumentar as despesas nos próximos tempos. O aumento generalizado dos preços faz com que os portugueses também não tenham interesse em (ou até consigam) poupar”, diz Conceição Caldeira Silva, responsável pelo Observador Cetelem em Portugal. Apesar de tudo, a crise levou os portugueses a precaverem-se e a preferir poupar, em vez de gastar. As intenções de poupança mantêm-se acima das intenções de consumo (32% e 18%, respectivamente)".
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