"Os quatro maiores bancos portugueses (BCP, BES, BPI e Santander/Totta) repetiram em 2010 o bom desempenho de 2009, com lucros de 1,4 mil milhões de euros. Devemos regozijar-nos com isso. Pior seria se a banca claudicasse, ou apresentasse sinais de fragilidade. Perante esta boa notícia, que, aliás, se tem repetido todos os anos, custa a perceber o que lhe acrescentam os jornais: que, apesar dos lucros fabulosos e praticamente iguais, em 2010 os bancos pagam menos 54,9% de impostos do que pagaram em 2009. Isto significa que o Governo aliviou a carga fiscal sobre a banca num ano em que sobrecarregou o país inteiro com mais impostos e outros castigos constantes dos PEC I e II. E que apesar de nova vaga de austeridade radical em 2011, que até inclui a redução de salários, continua envolto em mistério o novo imposto para a banca que José Sócrates prometeu para calar o Bloco de Esquerda. Isto acontece quando em Londres acaba de ser estabelecido um acordo entre o Governo e os maiores bancos britânicos para que paguem mais impostos, moralizem os prémios dos gestores, concedam mais crédito e em melhores condições às empresas, especialmente às pequenas e médias. Estará um gémeo político de Francisco Louçã na chefia do Governo inglês? Não. David Cameron é o líder do Partido Conservador e não consta que seja anticapitalista" (excerto do artigo de opinião do jornalista Fernando Madrinha, do Expresso, com a devida vénia)
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