quinta-feira, novembro 25, 2010

Açores: a polémicas das prevenções nas urgências médicas...

Ainda segundo o Açoriano Oriental, num texto do jornalista Hélder Blayer "o Secretário Regional da Saúde anunciou que no ano que vem, vai ser negociado um “sistema alternativo” ao das prevenções. É que actualmente, lembrou Miguel Correia, o actual sistema é injusto, já que “um médico que vá 4 ou 5 vezes por mês à urgência, recebe o mesmo que um médico que vá uma vez por ano ou nem isso”. No debate do Plano e Orçamento do Governo para 2011, o governante afirmou que um sistema alternativo vai ser negociado, “em sede de ajustamento do acordo colectivo de trabalho” na Região. Respondendo às perguntas de Artur Lima, o secretário explicou que a prevenção em oncologia foi reduzida em apenas 4 horas (da meia-noite às quatro da manhã) “atendendo à natureza destes doentes”. Uma medida tomada por “sensatez” e que vai vigorar até ao final do ano. Num debate onde o líder parlamentar do CDS-PP propôs a redução em 30 porcento dos ordenados dos membros dos conselhos de administração dos hospitais da Região e Saudaçor, o Secretário da Saúde limitou-se a responder que já está em vigor uma redução de 5% e que no ano que vem, os salários vão ser reduzidos novamente, mas em 10%. Já a líder parlamentar do Bloco de Esquerda questionou Miguel Correia acerca da vinda de médicos estrangeiros para o arquipélago. Manifestando “todo interesse em conseguir mais médicos de família”, o secretário garantiu apenas que a tutela irá “abrir concurso público sempre que for necessário contratar mais médicos”, mas adiantou também que a contratação de médicos estrangeiros “continua em cima da mesa. Mal tenhamos luz verde, avançaremos para essa contratação”. Actualmente existem 130 médicos de família nos Açores, faltando, disse o governante, 33 clínicos. PSD vai pedir auditoria ao SRS Depois do debate que se gerou após a intervenção do secretário da Saúde, o social-democrata Pedro Gomes fez uma intervenção de tribuna para anunciar que o PSD vai solicitar ao Tribunal de Contas, uma auditoria ao Serviço Regional de Saúde, que “permita conhecer com exactidão as suas responsabilidades e endividamento”. Lembrando que a 31 de Dezembro de 2009, os três hospitais tinham um passivo de 278 milhões de euros e a Saudaçor de 285 milhões, o PSD estima que em 2010, o passivo atinja 600 milhões de euros, a que se juntam 99 milhões de responsabilidades resultantes das parcerias público-privadas para a construção do Hospital de Angra e do Centro de Radioterapia dos Açores. Um valor que “a próxima geração terá de pagar”. Considerando a área da saúde “o maior fracasso governativo do Partido Socialista”, os sociais-democratas entendem que as propostas de plano e orçamento para 2011 “não reflectem a mudança exigível” no Serviço Regional de Saúde. • PSD não encerra “bar aberto” A “Festa Açores”, que teve lugar em Lisboa, na BTL, continua a gerar polémica. No debate do Plano e Orçamento do Governo para 2011, esta festa com “bar aberto”, que custou 196 mil euros, voltou a ser criticada pelo líder parlamentar do PSD. António Soares Marinho considerou “imoral” uma despesa de quase “200 mil euros” numa altura de crise. Uma verba que poderia servir para “apoiar 100 mil açorianos”. Já Vasco Cordeiro salientou que o Governo já deu “todos os esclarecimentos necessários” sobre esta questão"

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