
Li no Açoriano Oriental num texto do jornalista Paulo Faustino, que "o delegado de saúde substituto da Lagoa vai deixar de exercer essas funções a partir do último dia deste mês, por motivos pessoais. O Açoriano Oriental sabe, no entanto, que José Carvalho, médico de medicina geral e familiar, ‘bateu com a porta’ devido à sobrecarga de trabalho a que tem estado sujeito pelo facto do delegado de saúde da Lagoa estar, por vezes, impedido de exercer esse cargo, por assumir também funções como médico de trabalho em empresas com actividade no concelho. O acréscimo de trabalho na delegação de Saúde da Lagoa também se explica pela ausência temporária da técnica de saúde ambiental - a quem cabe avaliar se os locais de acesso público cumprem as regras de higiene -, que se encontra de baixa há meses. José Carvalho não se pronunciou ontem sobre o assunto. No entanto, ao que foi possível apurar, não concorda com a nomeação - pela Secretaria Regional - do médico Walter Adrahi (especialista em saúde pública) como delegado de saúde, face às limitações decorrentes do exercício de funções no âmbito da clínica privada. “A situação exige mais de José Carvalho, porque sempre que há um impedimento do delegado principal, quem tem de avançar em sua substituição é ele”, acentuou uma fonte contactada pelo Açoriano Oriental. Na verdade, reforça ainda, “o delegado (principal) não deve ser médico de trabalho no seu concelho”, já que, “ao prestar serviço a algumas empresas, fica depois impossibilitado de as vistoriar enquanto autoridade de saúde”. Esperada mexida na Lagoa O médico demissionário já notificou a Secretaria da Saúde de que vai cessar funções a partir de 30 deste mês. O departamento governamental não se pronunciou ainda sobre o assunto, mas as informações que correm é que irá nomear um novo delegado de saúde para a Lagoa, que poderá ser o médico da área de clínica geral e familiar, Paulo Margato. Outro dos motivos de descontentamento de José Carvalho prende-se com a grande redução no número de consultas do viajante na Lagoa. O serviço, criado pelo anterior delegado de saúde local, Mário Freitas, visa informar e aconselhar os cidadãos micaelenses sobre as medidas preventivas a adoptarem ao nível da vacinação, medicação preventiva da malária, higiene individual e cuidados a ter com a água e os alimentos na véspera, durante e depois de viagens à América Central, Caraíbas, América do Sul ou países da África e Ásia. Um serviço que antes existia apenas na Unidade de Saúde da Lagoa e, entretanto, por deliberação superior, estendeu-se a outras delegações de saúde concelhias. Aquando da nomeação de Walter Adrahi para Delegado de Saúde da Lagoa, o Governo esclareceu que o exercício das suas funções seriam compatíveis com a existência de um delegado substituto, que agiria em sua representação sempre que tal fosse necessário.
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