Segundo o Expresso, num texto do jornalista Humberto Costa, "nunca estes dois partidos (PS e PSD) dividiram em partes tão iguais o eleitorado do centro. Um empate absoluto, mas longe da maioria absoluta. Quem parece beneficiar são os partidos à esquerda do PS e a abstenção. Os valores globais estão entre parêntesis. A projecção resulta do exercício meramente matemático, presumindo que os inquiridos que responderam "NS/NR" (22%) se abstêm. As setas significam: Subiu ou desceu em relação à sondagem do mês anterior.
O Estudo de Opinião em Outubro não trás boas notícias para os dirigentes políticos e órgãos de soberania. A descida dos níveis de popularidade é generalizada o que, dado o contexto de crise, pode significar algum descrédito dos portugueses nos partidos com representação parlamentar, bem como nos órgãos de soberania. Mas para o Presidente da República que, logo a seguir aos juízes é o que mais vê descer a sua popularidade, a questão é mais problemática, sobretudo quando se aproxima-se o anúncio da sua recandidatura. O estudo é realizado quando ainda está na memória o seu discurso de 5 de Outubro, em que Cavaco apela ao compromisso e à conciliação. Também o líder do maior partido da oposição, que até o mês passado vinha registando subidas nos níveis de popularidade, vê agora invertida essa tendência, só mitigada pela quebra vertiginosa de José Sócrates (3,8%). Dos líderes dos três partidos mais pequenos do Parlamento a popularidade de Paulo Portas é a que mais desce, mas é também o único, destes, a manter saldo positivo.
Ficha técnica
Estudo de opinião efetuado pela Eurosondagem, S.A. para o Expresso, SIC e Rádio Renascença, de 06 a 12 de Outubro de 2010. Entrevistas telefónicas realizadas por entrevistadores selecionados e supervisionados. O universo é a população com 18 anos ou mais, residente em Portugal Continental e habitando em lares com telefone da rede fixa. A amostra foi estratificada por Região (Norte - 19,8%; A.M. do Porto - 14,5%; Centro - 30,0%; A.M. de Lisboa - 26,3%; Sul - 9,4%), num total de 1021 entrevistas validadas. Foram efetuadas 1280 tentativas de entrevistas e, destas, 259 (20,2%) não aceitaram colaborar neste estudo. Foram validadas 1021 entrevistas, correspondendo a 79,8% das tentativas realizadas. A escolha do lar foi aleatória nas listas telefónicas e o entrevistado, em cada agregado familiar, o elemento que fez anos há menos tempo. Desta forma aleatória resultou, em termos de sexo (Feminino - 51,0%; masculino - 49,0%) e, no que concerne à faixa etária (dos 18 aos 30 anos - 19,2%; dos 31 aos 59 - 49,5%; com 60 anos ou mais - 31,3%). O erro máximo da amostra é de 3,07%, para um grau de probabilidade de 95,0%. Um exemplar deste estudo de opinião está depositado na Entidade Reguladora para a Comunicação Social".
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