terça-feira, outubro 12, 2010

A SATA e o Porto Santo: o que quer saber o deputado do CDS/PP

Sobre esta questão dos “custos da operação da SATA nas ligações Funchal-Porto Santo”, o CDS/PP dos Açores emitiu uma nota de Imprensa, de Artur Lima, explicando o que quer saber:
"O Presidente do Grupo Parlamentar do CDS-PP Açores Artur Lima continua empenhado em demonstrar aos Açorianos que a decisão da SATA, apoiada pelo Governo Regional e pelo PS, de concentrar toda a sua frota de aeronaves numa única ilha do arquipélago não é a mais correcta e, por isso, esta quinta-feira, questionou o executivo sobre a operação da transportadora na Região Autónoma da Madeira.
Lembrando que “desde 1 de Janeiro de 2007 que estão atribuídas à SATA Air Açores as obrigações de serviço público de transporte aéreo regular, entre Funchal – Porto Santo – Funchal”, Artur Lima afirma que “este serviço obrigou a SATA a deslocar em permanência da Região Autónoma dos Açores para o Arquipélago da Madeira uma aeronave da sua frota inter-ilhas, bem como todo o staff técnico e operacional necessário à realização” daquele serviço público.
O Líder Parlamentar e Dirigente democrata-cristão salienta que, em virtude disso, “não são conhecidos os custos da operação da SATA Air Açores nas ligações aéreas regulares entre as ilhas da Madeira e Porto Santo”, pelo que coloca, em requerimento entregue ao Presidente do Parlamento Regional, uma série de perguntas ao Governo socialista.
Desde logo, Lima quer saber “quantas tripulações estão deslocadas para assegurar a realização das obrigações de serviço público de transporte aéreo regular Funchal – Porto Santo – Funchal?”, “Qual a periodicidade da rotação das tripulações afectas àquela rota?” e “Quantas pessoas estão deslocadas ao serviço SATA Air Açores no Arquipélago da Madeira para assistência em terra e/ou manutenção do aparelho em serviço naquela Região?”.
Porém, as dúvidas do parlamentar popular não se ficam por aqui. Artur Lima questiona ainda se “tem a SATA algum contrato de assistência em terra e/ou manutenção com alguma empresa para o aparelho DASH Q-200 em serviço na Região Autónoma da Madeira?” e, “em caso afirmativo, quais os custos discriminados deste(s) contrato(s)?”, insistindo se “é feito algum tipo de manutenção ao aparelho DASH Q-200 da SATA Air Açores em serviço na Região Autónoma da Madeira?” e, “em caso afirmativo, discriminar qual”.
Por fim, mais quatro questões: “Onde é que são realizadas as grandes operações de manutenção ao aparelho DASH Q-200 da SATA Air Açores em serviço na Região Autónoma da Madeira?”, “Em que hangar fica estacionado o avião da SATA Air Açores no Funchal?”, “Quais são os custos totais da operação da SATA Air Açores na rota Funchal – Porto Santo – Funchal, incluindo discriminadamente os gastos com estadias e despesas de ajudas de custos das tripulações e demais funcionários afectos aos serviços de assistência em terra e manutenção da aeronave?” e “Qual o valor das indemnizações compensatórios pagas pelo Estado à SATA Air Açores pelo cumprimento das obrigações de serviço público de transporte aéreo regular na ligação Funchal – Porto Santo – Funchal?”.
Desta forma, o Presidente do Grupo Parlamentar do CDS-PP Açores pretende desmistificar alguns dos números avançados pelo Governo Regional e pela maioria que o suporta (PS) para justificar a concentração total da frota da SATA numa única ilha e numa das extremidades do arquipélago.
Recorde-se que os socialistas chumbaram sozinhos um Projecto de Resolução da autoria do CDS-PP, em Junho de 2009, que recomendava ao Governo que diligenciasse junto da SATA para que, pelo menos, um dos aviões da renovada frota ficasse estacionado no Aeroporto das Lajes, na Ilha Terceira, à semelhança do que aconteceu durante largos anos com o Dornier, para além de que não deram provimento a intenção semelhante de um grupo de mais de 4000 açorianos que subscreveram uma Petição recentemente discutida na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores”.

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