Onde isto já vai. Segundo o jornalista do Correio da Manhã, Paula Gonçalves, “ensinar aos alunos que "são muito violentos e não têm autocontrolo" artes marciais pode ser uma experiência a adoptar no âmbito de um programa de intervenção numa escola com problemas de indisciplina. A iniciativa já foi desenvolvida em escolas francesas, disse ontem ao CM João Amado, professor de psicologia e coordenador do curso Violência e Gestão de Conflitos na Escola, que a Universidade de Coimbra (UC) vai ministrar, a partir de dia 15, a 225 professores dos ensinos básico e secundário de todo o País. O protocolo entre o Ministério da Educação e a UC foi assinado ontem em Coimbra. A formação, que será ministrada à distância, à excepção de duas sessões, que serão presenciais, pretende mostrar que existem "boas práticas que podem ser adoptadas e adaptadas", explicou João Amado. Através deste curso, os professores vão aprender estratégias de controlo de violência, sendo um dos métodos o das artes marciais. Os docentes ficam na posse de informação sobre investigações realizadas em torno da indisciplina e violência nas escolas, assim como de estratégias que podem, depois, ensinar aos alunos. O conhecimento dos perfis dos alunos problemáticos e violentos ou o contrário, saber como se comportam as crianças normalmente vítimas, são úteis. A ideia é fornecer informação para que possam fazer o diagnóstico da situação nas suas escolas e venham, "por si próprios, a encontrar e a ensaiar medidas" no âmbito de um "programa colectivo que possa mobilizar a escola". Neste projecto estão envolvidos docentes de 15 estabelecimentos. Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof, lamenta que a acção abranja um "grupo tão restrito", num universo de 150 mil professores. Considera ainda urgentes medidas de prevenção como classificar os actos de violência contra docentes como crime público ou considerá-los autoridade pública em contexto escolar”.
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