Conhecendo-se já os contornos essenciais do Orçamento para 2011, e perante a hipótese mais do que provável de que Passos Coelho deverá ceder às ameaças, pressões e chantagens - sem esquecer uma intolerável e lamentável reunião com banqueiros - não forçando o governo socialista a não aumentar os impostos, o PSD deve empenhar-se imediatamente numa revolta das suas bases exigir a demissão imediata de Passos Coelho. E porquê? Porque com Orçamento e Estado nada impede que em 2011 venham a ser aprovadas mais medidas de austeridade e altamente lesivas das famílias e das empresas. E neste cenário de crise, o PSD será responsabilizado pelos cidadãos e sistematicamente acusado de cumplicidade como governo socialista, pois não acredito que qualquer dos outros partidos da oposição aceite qualquer cedência às pressões ou vote sequer na abstenção deste documento. E quando um líder de um partido falha - isto caso essa situação se coloque - Passos Coelho deve imediatamente abandonar a liderança para não arrastar o partido para o fosso. E não me venham com mercados e confiança e não sei que mais. Das duas uma: ou Passos andou a promover um "bluff" para ganhar notícia na comunicação social, mas a esperteza saloia saiu-lhe furada pois as sondagens dão um PSD em queda e cada vez mais longe da maioria absoluta, mesmo com o PP.
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