O voo do 1621
A história conta-se em poucas palavras: o TP 1621, que hoje ligou Lisboa ao Funchal, ao princípio da tarde, aproxima-se normalmente da pista do aeroporto da Madeira (23, extremidade leste, Machico), tendo baixado os trens de aterragem e sobrevoado o Caniçal. Dia de sol, sem vento. De repente, guina para a esquerda, e resolve afinal fazer a aproximação pela pista 05 (Santa Cruz, a oeste), mas esqueceu-se que já estava demasiado baixo pois tinha feito toda a operação de aproximação anteriormente. Os passageiros mais atentos perceberam que o avião, o Airbus 320 (na foto, já agora sabem porque é um 320? Porque tem 2 saídas de emergência sobre as asas quando o Airbus 319 tem apenas uma), estava demasiado baixo, com o trem de aterragem em posição. O que aconteceu: volta dada, alinhamento com a cabeceira 05 obviamente falhado, avião obrigado a subir e tentar nova aproximação. Exploração do comandante (ou co-piloto): “new approche”! Eis uma segunda aproximação, uma vez mais pela pista 05. Pergunto: se estivesse algum vento, nem precisa ser muito intenso, o que não diriam os turistas que ainda por cima viram o avião – eu vi – percorrer a pista quase até ao fim, porque tocou-a demasiado à frente comparando com as aterragens normais no Funchal. Por amor de Deus, o homem ou vai ter que treinar mais um bocado ou vinha distraído com qualquer coisa…
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