Segundo o Correio dos Açores, "as instituições de crédito a operar nos Açores estão a chamar os responsáveis por empresas regionais, seus principais clientes, a comunicar que não vão continuar a conceder crédito para resolver dificuldades momentâneas de tesouraria, soube o ‘Correio dos Açores.De harmonia com as nossas fontes de informação, os bancos estão a alertar principalmente os empresários regionais com ‘plafonds’ já considerados elevados para as actividades que exercem. O presidente da câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada, Mário Fortuna, disse ao ‘Correio dos Açores’ que esta situação já está a ocorrer há algum tempo em Portugal continental e que não se admira que este fenómeno se esteja a estender aos Açores.Deixa claro que os Açores “não estão imunes” às medidas que estão a ser adoptadas a nível nacional.“Há falta de liquidez no sistema financeiro e os bancos estão a agir de acordo com a situação em que se encontram”, afirma o presidente da câmara do Comércio e Indústria antes de sublinhar que Portugal “está a pagar os erros das empresas, os erros também do governo. É isto”.Questionado sobre as dificuldades que irá implicar no tecido empresarial regional o travão na concessão de crédito para dificuldades de tesouraria, Mário Fortuna reforçou que, “claramente”, este fenómeno vai dificultar ainda mais a mobilidade financeira das empresas.“Não vivemos isolados, vivemos integrados neste mercado para aquilo que ele tem de bom e para aquilo que ele tem de mau. As consequências são que as empresas vão ter falta de liquidez para tratar de uma série de coisas. Vão ter que se reformar em muitas coisas”, afirmou. “Nós, os empresários”, prosseguiu, “temos vindo de forma sistemática, ao longo do último ano e tal, a marcar posições, às vezes, se calhar, não muito compreendidas, mas que tinha razão de ser. Já tínhamos percebido há muito tempo que a situação era bastante difícil, muito mais difícil do que muitas autoridades quiseram admitir. Portanto, o que está a acontecer é um corolário do que se fez no passado e de muitas coisas que não se fizeram e se deveriam ter feito. Nada disto me está a surpreender”, completou"
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