Espero que na freguesia do Monte, palco daquele que é considerado o maior arraial religioso da Madeira, haja o bom senso. O bom senso de, perante a calamidade dos incêndios florestais que destruíram o nosso património florestal, ser proibido o lançamento de fogo. Espero que esse bom senso comece pelo pároco da freguesia, a quem cabe um papel decisivo na contenção de manifestações que acabam por ser um esbanjar desnecessário de recursos que poderiam utilizar noutras coisas mais úteis, para a freguesia e para a missão da Igreja. Acho intolerável, se quiserem um pecado, que em pleno dia, e com o Funchal a ser palco de incêndios em várias frentes, existem energúmenos, sejam eles quais foram, a lançar fogo de artifício. Eu e muitos cidadãos na baixa da cidade, indignados, ouviram a barulheira. Este apelo ao bom senso alarga-se, como é evidente, a todas as freguesias da RAM onde se realizam festas religiosas. Não será por causa dos foguetes que a Igreja alargará os seus fieis ou consolidará religião católica entre nós.
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