Li no Diário dos Açores, num texto do jornalista Marco Henriques, que "em 2009, foram licenciados 30 587 projectos de obras de edificação ou demolição em Portugal, dos quais 67,5% corresponderam à construção de novos edifícios, segundo dados agora divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística, INE. O número de novos edifícios licenciados em 2009 registou uma diminuição de 26,8% em relação a 2008. Todas as regiões do país apresentaram uma variação negativa face a 2008, no que respeita ao número total de edifícios licenciados. Especial destaque para a região dos Açores que registou o maior decréscimo (-35,0%) e para a região Norte que apresentou o maior decréscimo em termos absolutos, equivalente a menos 2 463 edifícios licenciados que no ano anterior. Das 40 395 obras concluídas em Portugal durante o ano 2009, 64,7% corresponderam a edifícios em construções novas para habitação familiar, dos quais 88,1% eram moradias. Segundo os números divulgados sexta-feira pelo INE, apesar da grande predominância de edifícios em construções novas (77,9% do total das construções), denota-se que a reabilitação na edificação tem sido uma aposta crescente no sector da construção, com as Alterações, Ampliações e Reconstruções a ganharem importância relativa face aos anos anteriores. Especial destaque deve ser atribuído às regiões dos Açores, do Alentejo, de Lisboa e do Centro, com valores superiores a 22%. Este facto pode resultar, de algum modo, do reconhecimento de que existe uma saturação do mercado de novas habitações, centrando-se agora as empresas de construção no âmbito da reabilitação do edificado. Com base nos dados das Estatísticas da Construção e Habitação, disponibilizados ontem no Portal de Estatísticas Oficiais do INE, é possível concluir que em 2009 o número total de edifícios licenciados em todo o país registou um decréscimo de 21,5% face ao ano anterior. Ao nível das obras concluídas registou-se um decréscimo de 4,1%. O número de fogos licenciados diminuiu 40,9% face a 2008, sendo esta a maior quebra registada em toda a década 2000- 2009. O total de edifícios reabilitados em 2009, a nível nacional, apresenta um acréscimo de 2,2% face ao ano anterior, traduzindo-se no aumento do seu peso face ao total de edifícios concluídos em cerca de 1,4 pontos percentuais. O número de fogos concluídos no país em 2009 registou um decréscimo de 4,8% relativamente ao ano anterior. Dos 69 073 fogos concluídos, aproximadamente 1/3 localizaram-se na região Norte (31,6%). A região dos Açores é a que apresenta o menor peso relativo no número total de fogos concluídos (2,2%). Quantos às características do edificado habitacional os Açores registam números por baixo. As características do edificado habitacional também revelam padrões regionais específicos: a construção em altura na região de Lisboa (3,2 pisos e 3,6 fogos em média por edifício) contrasta com a construção da região do Alentejo (1,9 pisos e 1,7 fogos em média por edifício) e dos Açores (1,9 pisos e 2,0 fogos, em média, por edifício). Pela negativa a Região surge também no que toca ao número de fogos licenciados para construções novas. A média do país registou em 2009 que o número de fogos licenciados em construções novas para habitação familiar diminuiu 40,9% relativamente ao ano anterior. Todas as regiões apresentaram um decréscimo face a 2008, com as maiores quebras a ocorreram na região da Madeira (-61,9%), dos Açores (-58,5%) e do Algarve (-56,8%). A região Norte foi aquela em que a diminuição relativa foi menor, tendo-se cifrado nos -30,9%. Em termos absolutos, foi a região de Lisboa que registou a maior diminuição face a 2008, com menos 4 726 fogos licenciados. Por outro lado, da análise dos desvios entre o prazo previsional e o prazo efectivo das obras, verifica-se que em média o prazo efectivo foi 4 meses superior ao prazo previsional, sendo a região dos Açores a única em que o prazo efectivo foi inferior ao prazo previsional (em 2 meses)".
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