quarta-feira, julho 21, 2010

Conheça os bancos com as comissões mais baixas

Com a ajuda da jornalista do Diário Económico, Catarina Melo, fique a saber que a “escolha do banco com os encargos mais baixos pode levá-lo a poupar 258 euros num ano. BPI, Barclays e Banif são as instituições com as comissões mais leves. O crédito à habitação será provavelmente a relação mais duradoura que alguma vez estabelecerá com o seu banco. Mas, ao mesmo tempo, será também a maior dívida que irá contrair em toda a sua vida e que mais impacto terá nas suas finanças pessoais. Para além dos juros- seguramente o encargo com maior peso no orçamento- estão ainda associadas ao crédito à habitação o pagamento de comissões ao banco. Custos que podem surgir em qualquer fase da vida do crédito. Os mais difíceis de escapar surgem logo no início do empréstimo e podem assumir valores mais ou menos avultados. Com base nos preçários dos dez maiores bancos a operar em Portugal, só no primeiro ano do empréstimo, um cliente paga em média cerca de 483 euros em comissões bancárias. Para este trabalho foram analisadas quatro comissões. A saber: comissão de dossier, avaliação, formalização e gestão. O banco que menos onera os clientes com este tipo de encargos é o BPI que cobra 389,42 euros, enquanto o BCP aplica as comissões mais elevadas: 647 euros. As instituições bancárias analisadas foram: CGD, BCP, BES, Santander, BPI, Montepio Geral, Barclays, Banif, Crédito Agrícola e Popular. Com a crise financeira e a diminuição do crédito concedido, os bancos têm procurado fontes alternativas para arrecadar mais dinheiro. Uma das formas para o conseguir é através da subida dos ‘spreads'- uma tendência que aliás se tem vindo a intensificar nos últimos meses. Outra via é a subida das comissões e taxas associadas nomeadamente ao crédito à habitação. Segundo o último Relatório de Supervisão Comportamental do Banco de Portugal, 79% dos empréstimos concedidos pelas instituições de crédito a particulares destina-se precisamente à habitação. Para além disso, nos últimos anos, foram publicados vários decretos-lei que vieram reforçar ainda mais a pressão sobre as receitas dos bancos. Nomeadamente, a limitação dos custos máximos das amortizações antecipadas, no crédito à habitação, a obrigatoriedade dos arredondamentos dos juros à milésima e o fim dos custos da renegociação dos créditos à habitação. Os resultados estão à vista. Segundo um estudo sobre a banca efectuado pela Deco publicado na Dinheiro & Direitos em Janeiro de 2009, entre 2006 e 2008, só as comissões de abertura e avaliação do dossier do crédito à habitação aumentaram 39%. Ao consultar os preçários dos bancos é possível comprovar esta tendência de subida. Quando comparados os preçários actuais dos bancos com os praticados no início de Maio, verificam-se várias subidas nos custos associados ao crédito à habitação. Entre comissões de dossier, avaliação, formalização de contrato e de gestão, o BPI é actualmente a instituição que menos encargos cobra. No primeiro ano de vida do crédito o cliente do BPI terá que pagar 389,42 euros. Isto representa uma poupança de cerca de 258 euros face às comissões aplicadas pelo BCP: a instituição que mais onera o cliente com este tipo de despesas. Com os preçários mais baratos figuram ainda o do Banif e do Barclays, com encargos de 420 e 425 euros, respectivamente. Qualquer das três instituições- BPI, Banif e Barclays- disponibiliza preços mais baixos pelo facto de não cobrarem pelo processamento mensal de prestações. A designada comissão de gestão, para as restantes instituições bancárias equivale a um encargo médio anual de 17,19 euros. Num empréstimo a 30 anos, o consumidor acaba por despender com essa comissão em média cerca de 516 euros. Da análise aos preçários, o banco Popular é a instituição financeira que cobra a comissão de processamento mais elevada: 19,8 euros anuais ou 594 euros na totalidade da vida do empréstimo. Para quem recorre ao crédito à habitação a comissão de dossier é a que tem um peso maior. A também designada como comissão de estudo ou abertura tem um custo médio de 238,23 euros. Verifica-se ainda a cobrança por várias instituições de uma comissão de formalização do contrato, no momento em que é aprovada a concessão de crédito. É o que acontece com o BCP, o Santander, o Montepio e o Crédito Agrícola. Em termos médios, esta comissão fica em torno dos 112 euros. Mas, estes não são os únicos encargos que o seu banco pode imputar-lhe, algumas instituições cobram ainda comissões de conversão de registos e conte com outros encargos pontuais associados a situações específicas como pelo atraso de pagamento de prestações ou associadas a pedidos de documentos, vistoria de obras ou construções".

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