quinta-feira, junho 11, 2009

...mas o futebol em Espanha falido está!

Segundo o Publico, "o futebol espanhol. está à beira do abismo financeiro. O endividamento dos clubes da primeira divisão é superior a 3.400 milhões de euros. Os números são duros, mas não são novos. Constam num estudo da Universidade de Barcelona, já divulgado nos últimos seis meses. Agora, é o diário espanhol "El País" que escalpeliza as contas da primeira divisão. "A ruína ameaça o futebol", conclui o jornal sediado em Madrid na sua edição de domingo. A conjugação da crise económica com a inflação salarial nos clubes põe em risco a indústria do futebol em Espanha, acrescenta. A crise económica, que afasta os patrocinadores, em particular do sector da construção, e reduz as receitas das transmissões televisivas, acentuou nos últimos meses a pressão financeira sobre os clubes de futebol. O jornal destaca que, apesar disso, o candidato à presidência do Real Madrid, Florentino Pérez, manifestou a intenção de gastar 250 milhões de euros, no Verão, para contratar vedetas como o brasileiro Kaká, do AC Milan. O estudo da Universidade de Barcelona estima que a dívida acumulada dos clubes da primeira divisão espanhola ascendia em 2008 a 3.440 milhões de euros, com Real Madrid, Atlético de Madrid e FC Valência a apresentarem um endividamento superior aos 500 milhões de euros cada um. Estes três emblemas representariam assim cerca de metade da dívidaO estudo indica que na temporada passada, entre os clubes da Liga, apenas o Real Madrid e o FC Barcelona, com os seus orçamentos de mais de 300 milhões de euros, ganharam dinheiro, enquanto todos os restantes clubes apresentaram resultados negativos, com destaque para os prejuízos de 44 milhões de euros do Valência.O jornal sustenta que esta situação é consequência de uma fuga para a frente dos proprietários dos clubes, que se endividam em excesso para comprarem jogadores e pagam salários demasiado elevados, com o objectivo de manterem as equipas na primeira divisão.Preocupante é a falta de controlo da Liga Profissional de Futebol (LPF) e do Conselho Superior dos Desportos (CSD), que é posta em evidência pelo trabalho do "El País". O jornal fala mesmo em laxismo por parte daquelas instituições face a esta crise financeira. Para sanear a situação, as autoridades governamentais e desportivas de Espanha deveriam constituir órgãos reguladores mais rigorosos, à imagem de outros países, como a França". Caso queira a reeportagem original do El Pais, da autoria do jornalista Diego Torres e Amaya Iribar, intitulada "La ruina amenaza al fútbol": "La crisis financiera y la caída de la construcción ponen en jaque a la industria del balón, que acumula una deuda superior a los 3.400 millones de euros. Para comprender las dimensiones del naufragio que amenaza al fútbol español es preciso ponerse en el papel del administrador típico de un club. Hasta 2008 su protocolo de actuación fue el siguiente. Para empezar, se lanzó al mercado y ofreció contratos millonarios a jugadores bien cotizados. Luego diseñó unos presupuestos acordes a una posibilidad incierta: la clasificación para la Liga de Campeones, o la permanencia en Primera, dos condiciones que garantizan liquidez. La Primera, por los ingresos de las televisiones, y la Champions porque asegura premios de entre tres y 160 millones de euros. Dando por sentado que ganaría estos premios, pidió un crédito para ir financiando los salarios porque con sus ingresos ordinarios no llegaba".

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