Com este título publicou recentemente a jornalista do Público, Raquel Almeida Correia, um trabalho sobre os aeroportos portugueses: "Os principais aeroportos portugueses (Lisboa, Porto e Faro) estão em clara desvantagem perante os rivais europeus, sobretudo dos vizinhos espanhóis. Um dos problema está nas taxas que actualmente cobram, tanto aos passageiros, como às companhias de aviação que os utilizam. O Governo quer mudar este cenário, com a aplicação de um novo modelo regulatório do sector. Promessa demasiado dependente da privatização da ANA e da construção do no aeroporto de Lisboa. Uma tese de MBA do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE), elaborada por Rui D'Orey, vem mostrar que o aeroporto da capital é dos menos competitivos, quando comparado com congéneres europeus, com características semelhantes em termos de tráfego e de movimento de aviões. Se comparado directamente com Madrid, com o qual deveria concorrer mais directamente, a diferença é ainda maior. No que se refere aos voos internacionais, o aeroporto de Lisboa cobra 2380 euros de taxas totais pela aterragem de um avião A319, com uma ocupação de 70 por cento e 60 minutos de rotação em escala, de acordo com o estudo. Já o aeroporto da capital espanhola cobra valores 30 por cento abaixo. A única cidade que ultrapassa Lisboa é Atenas (2433 euros). Nas ligações intraeuropeias, o aeroporto português é mais competitivo, praticando taxas mais atractivas do que Atenas e Viena. Ainda assim, Madrid mantém clara vantagem, com uma diferença de 670 euros nos valores praticados. Por fim, nos voos Schengen, que representam 64 por cento do total operado pelo aeroporto de Lisboa (em termos de movimento de passageiros), Portugal conquista o segundo lugar no "ranking" de taxas mais económicas. O primeiro pertence, mais uma vez, ao aeroporto espanhol".
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O movimento de passageiros nos aeroportos Portugueses caiu perto de 11% entre Janeiro e Março. O Instituto Nacional de Estatística adianta ainda que as quedas no movimento de passageiros se estendem ao sector ferroviário e da navegação, ainda que de forma mais reduzida. Já o transporte de mercadorias evidenciou uma descida mais acentuada.
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