O líder do PS da Madeira revelou uma desastrosa incapacidade para gerir a situação interna no PS que ele próprio abriu no seio do PS, abrindo demasiadas frentes de conflitualidade. Mas, pior do que isso, deixando no ar dúvidas – algumas ainda hoje persistem, desde logo no seio do PS - sobre a honorabilidade de pessoas que por razões pessoais, éticas, de formação e profissionais, não podem continuar dependentes do prejudicial silêncio de Gouveia. É por isso que o ainda líder dos socialistas locais vai ser confrontado com a exigência de um esclarecimento público e que provavelmente poderá ser alvo de uma acção judicial caso mantenha o silêncio. Eu como gosto de dizer as coisas, refiro-me a Jaime Leandro, cujo afastamento surpreendeu muita gente, mas que por ser secretário-geral não tolera ser confundido com insinuações em matéria da correcta gestão do partido, sobretudo pela influência do secretário-geral neste domínio Leandro é funcionário do Tribunal de Contas e não admite que JCG continue a prejudicá-lo da forma que o tem feito. Aliás, recordo que na entrevista concedida ao DN do Funchal, o ex-secretário-geral foi contundente: "Outra questão levantada foi a necessidade de prestação de contas, sobretudo do secretariado e do grupo parlamentar. Sentiu-se atingido por essas afirmações? Essa foi, desde logo, uma afirmação irresponsável do dr. João Carlos Gouveia. É mais uma tentativa de justificação que eu considero abjecta. A gestão do PS é feita em dois patamares: Um, ao nível executivo, que é o secretariado e outro, entre o secretário-geral e o presidente. Todos os pagamentos eram feitos com duas assinaturas, uma delas a do presidente. Ao lançarem sobre mim esse anátema estão a tentar um assassinato de carácter que classifica quem o faz. O boato é uma arma poderosa, mas também é a arma dos fracos. O que foi feito foi lançar um boato sobre um caso específico que tinha a ver com a venda de sede da Rua do Surdo. Esse caso foi do mais transparente, havendo uma decisão colegial de venda que envolveu diversas pessoas. O dr. João Carlos Gouveia participou em todos os processos".
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