PS: apagão antecipou encerramento dos trabalhos...
Num texto da jornalista do Publico, Margarida Gomes, ficamos a saber que "uma avaria no abastecimento de energia eléctrica deixou ontem perto das 23h00 a Nave Polivalente de Espinho às escuras, levando o presidente do PS, Almeida Santos, a dar por encerrados os trabalhos do XVI Congresso, quando havia ainda dezenas de delegados inscritos para intervirem sobre as moções globais.Só depois se passaria à apresentação e discussão das 46 moções sectoriais, entre as quais se contava a controversa propostas sobre a eutanásia e de um referendo aos casamentos entre homossexuais.“O único perigo é que as moções sectoriais venham a ser apresentadas e discutidas na Comissão Nacional, mas isso também já é uma tradição”, foi avisando Almeida Santos, anunciando que a sua intenção é que os trabalham se reiniciem hoje com as intervenções dos delegados já inscritos, enquanto decorrerão as votações para os órgãos nacionais do partido. Mas Almeida Santos foi também lembrando que o congresso tem que encerrar no máximo às 14h00 pelo que pode não haver condições para que “pelo menos” sejam apresentadas as moções sectoriais.O presidente da Câmara de Espinho, o socialista José Mota, explicou que o problema se ficou a dever a uma sobrecarga na rede eléctrica, afectando toda a zona envolvente da Nave Polivalente, mas que tinha já providenciado um reforço através de um gerador, Nessa altura, já Almeida Santos tinha dado por encerrados os trabalhos do conclave.Ao saírem do congresso, alguns dos delegados iam gracejando que houve “sabotagem” neste apagão. No mesmo registo, os jornalistas perguntaram ao presidente do PS se ele o atribuía à “campanha negra” de que José Sócrates se queixa: “Acho que nisto está inocente. Isto foi uma avaria que atingiu toda a área de Espinho”, reagiu, sorrindo. Uma situação “insólita” da qual o histórico dirigente do PS retirou, apesar de tudo, uma vantagem: “Vai-me permitir dormir mais um bocadito”. Por causa disto o congresso aprovou hoje, com 5 votos contra e 18 abstenções, que as moções sectoriais - mais de 35! - sejam apresentadas e votadas na primeira reunião da nova Comissão Nacional.
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