Li aqui que "esta é a principal conclusão do estudo da Associação de Hotelaria de Portugal (AHP) dedicado às "Viagens dos Portugueses em 2009". Depois de um ano de 2008 para esquecer, em que as dormidas caíram 4,8% nos Açores afectando um sector até há pouco habituado a evoluir positivamente, para este ano abrem-se novas perspectivas, a julgar pelas intenções reveladas pelos portugueses assim como pela nova aposta publicitária junto do mercado emissor nacional. Miguel Júdice, vice-presidente da Associação da Hotelaria de Portugal, ao efectuar o balanço do inquérito levado a cabo pela MultiDados revela que, de um universo de 3293 inquiridos, 2933 afirmaram pretender viajar neste ano e 68,22% pretendem fazê-lo mais do que uma vez (contra 31,26%). As intenções incidem sobre o território nacional (55,37%) recaindo as escolhas sobre o Algarve, Madeira e Açores. No que respeita aos destinos internacionais, que é o objectivo de 44,53% dos entrevistados, as preferências são as do costume: Espanha, Brasil e França. O estudo refere que o lazer é a principal motivação das viagens (95,5%), contra 3,27% que dizem viajar por motivo de trabalho. Daí se concluir que o produto mais popular entre os portugueses continuará a ser "Sol e Praia", logo seguido do "Turismo de Natureza". O "Turismo religioso" e o "Turismo de negócios" são os produtos menos procurados pelos portugueses. Outro objecto do estudo é o gasto médio com as viagens. A esse respeito, se é correcto assumir que os portugueses querem continuar a viajar, também é adquirido que a maioria dos inquiridos (53,6%) prevê gastar o mesmo do que em 2008 mas por menos tempo. Tal facto explica que a nível do alojamento a escolha dos inquiridos recaia sobre os hotéis (43,4%), mas de três estrelas (47%). Os quatro estrelas são a segunda escolha (25,16%) e as unidades de duas estrelas reúnem o consenso de 16,09% dos inquiridos. Já os cinco estrelas recolhem apenas 5,46% das escolhas. Em 2009, para tentar fidelizar o mercado nacional e depois das quebras sucessivas que se verificaram em anos anteriores no mercado estrangeiro - essencialmente no nórdico -, a nova campanha do Turismo dos Açores aposta em actividades outdoor e promete umas férias únicas sob o slogan "Pronto para o melhor tempo da sua vida". O conceito que está na base da nova campanha da Associação de Turismo dos Açores, desenvolvida pela Brand Builders, pretende desmistificar o clima no arquipélago açoriano e convidar as pessoas a visitar as ilhas prometendo umas férias únicas. O objectivo da Região consiste em conferir notoriedade e reposicionar os Açores enquanto destino activo, dinâmico e experiencial, com um clima ameno durante todo o ano e favorável à prática de actividades outdoor, numa campanha que integra numa primeira fase, a decorrer durante este mês, televisão, imprensa e outdoor. Com um investimento de meio milhão de euros, a campanha surge no âmbito do novo plano de marketing estratégico para o turismo dos Açores, apresentado na última edição da Bolsa de Turismo de Lisboa. No total, vão ser apresentados sete temas: vela, mergulho, observação de cetáceos (whale watching) , surf, golfe, parapente e pedestrianismo. O ano de 2008 dificilmente deixará saudades no sector do turismo, com os Açores a acusarem uma redução de 4,8% no volume de dormidas na hotelaria tradicional e de 0,6% nos proveitos. Para esta quebra contribuiu sobretudo a diminuição das dormidas dos turistas estrangeiros (7,6%), mas também dos turistas nacionais (1,4%). O que a Região tenta agora é não só segurar o mercado emissor nacional como dinamizá-lo através de uma nova campanha publicitária que pretende alterar a percepção que se tem dos Açores, passando de terra bucólica a destino activo capaz de suscitar emoções fortes. Para Humberto Pavão, delegado nos Açores da Associação de Hotelaria de Portugal, a campanha em curso "vai permitir captar jovens e casais depois de um período em que a mensagem publicitária esteve mais centrada no turista sénior". Humberto Pavão diz que os hoteleiros têm a percepção de que o turista do continente "poderá ajudar a salvar o ano" e, para tal, será necessário "uma oferta mais dinâmica assente na observação de cetáceos, mergulho, surf e golfe".
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