sexta-feira, março 06, 2009

"Exemplar" gestão pública...

Segundo o Expresso, num texto do jornalista Alexandre Coutinho, "em 2008, o resultado consolidado do Grupo TAP poderá ter ascendido aos 280 milhões de euros. E o ano de 2009 também não terá começado da melhor forma, com quebras de vendas de bilhetes de 20%, nos meses de Janeiro e Fevereiro. Fechadas as contas de 2008, a administração da TAP chegou à conclusão que os prejuízos rondarão os 280 milhões de euros. Em recentes declarações públicas, o presidente executivo da companhia, Fernando Pinto, já tinha apontado para um valor próximo dos 200 milhões de euros, dos quais 180 milhões imputáveis ao desvio no preço dos combustíveis. A este valor somam-se, agora, os prejuízos da Groundforce ("handling") e da empresa de manutenção brasileira VEM, respectivamente, de 36 e 30 milhões de euros. Estes números foram divulgados, esta semana, pelos responsáveis da transportadora aérea nacional numa reunião interna de quadros, em que foram apresentadas indicações sobre várias rubricas da actividade da companhia. Nos meses de Janeiro e Fevereiro de 2009, as vendas de bilhetes nas agências caíram 20%, em Portugal; 20% na Alemanha; e 43% no Reino Unido (embora 20% seja atribuível à valorização do euro face à libra). Em Janeiro, o número de passageiros transportados pela TAP aumentou 2,5%, voltando a cair 0,6%, em Fevereiro, "um sinal de que a crise no sector aéreo é muito forte e de que pessoas e empresas estão a restringir as viagens", comentou um quadro da transportadora. Nos dois primeiros meses do ano, a TAP teve de cancelar cerca de 480 voos. Também nas companhias de baixo custo ("low cost"), os voos para o aeroporto da Portela, diminuíram 14,5%; enquanto na carga aérea, se registou uma quebra de 22%. Em 2008, a TAP transportou um total de 8,7 milhões de passageiros (um acréscimo de 12,3%, face ao ano anterior), volume que prevê aumentar em 2009, para 9,2 milhões (mais 3,3%). As projecções dos gastos com o combustível, no ano em curso, apontam para valores da ordem dos 400 milhões de euros (menos 300 milhões, relativamente a 2008), no pressuposto de que o preço do barril de petróleo se mantenha nos níveis actuais". Não interessa...

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