A indefinição em torno da decisão de Alberto João Jardim está a condicionar fortemente a estratégia de outras figuras do partido. Uma das questões essenciais é que Alberto João Jardim se avançar, fa-lo-á em consequência de uma conjugação de factores e de apoios e convites, recusando ser uma candidatura de uma facção dado que isso feriria de morte essa candidatura, logo à nascença, expondo-a demasiado aos opositores de Menezes. Por outro lado, disseram-me hoje que nada impede que os apoiantes mais incondicionais e mais conhecidos do ainda líder do PSD, casos de Marco António no Porto e de Mendes Bota no Algarve, facilmente alinhariam no apoio a Jardim. Algumas figuras ligadas ao partido consideram que um dos possíveis "erros estratégicos" do líder madeirense foi o de ter recusado uma candidatura demasiado cedo, por alegadamente não ter tropas, e de ter insistido nessa não disponibilidade no discurso proferido na Ribeira Brava, facto que fez com que outras personalidades se tivessem movimentado. As minhas fontes - cuja identidade não revelo - garantem-me que de João Jardim tivesse retirado segunda-feira na Ribeira Brava essa declaração - que recordarei no final deste texto - a própria Manuela Ferreira Leite não teria avançado já hoje com a sua candidatura.
A referida passagem do discurso - o último parágrafo - é a seguinte: "Faço-o, porque estou naquela fase da vida em que já não sou candidato a mais o que quer que seja, apenas quero o Bem de Portugal e tempos ainda mais felizes para o Povo Madeirense".
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