Segundo o DN de Lisboa num texto da jornalista Rute Araújo, "é uma verdadeira ruptura na política de saúde dos últimos governos. O primeiro-ministro, José Sócrates, anunciou que o Amadora-Sintra, o único hospital do Serviço Nacional de Saúde (SNS) gerido por um grupo privado, vai deixar de o ser. E passa para a gestão pública a 1 de Janeiro de 2009, com o estatuto de hospital-empresa (EPE). Mais de dez anos sobre o início desta experiência, envolta em polémica desde o primeiro momento, o chefe do Executivo veio admitir o seu fracasso. "Há uma grande dificuldade em fazer os contratos, o Estado gasta uma fortuna para vigiar o seu cumprimento e nunca foi possível eliminar a controvérsia. Por isso, é melhor o SNS ter gestão pública". A esquerda aplaudiu. A direita calou-se.Mais do que o caso do Amadora-Sintra, o que José Sócrates foi anunciar ontem ao Parlamento no debate quinzenal é o fim de uma era: a experiência de dar aos privados a gestão dos cuidados de saúde nas unidades do SNS. O hospital gerido pelo grupo Mello era até agora o único, mas teria seguidores. Com esta inversão na política, apenas os hospitais que já têm concurso público lançado terão a gestão clínica entregue ao parceiro privado, por um período de dez anos".
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