quarta-feira, junho 27, 2007

Lisboa: Fernando Negrão mete os pés pelas mãos

O candidato do PSD à Câmara de Lisboa, Fernando Negrão, enredou-se ontem numa série de equívocos pouco abonatórios do seu conhecimento da autarquia.Numa entrevista ao Rádio Clube Português, Negrão começou por defender a extinção do Instituto do Património Arquitectónico (ex-Ippar, actual Igespar) por este organismo ter deixado de construir habitação para os segmentos mais carenciados da população, para acabar por declarar que a EPUL (Empresa Pública de Urbanização de Lisboa) "é, como todos sabemos, a empresa de abastecimento de água de Lisboa". Contactado pelo PÚBLICO, o candidato explicou que tem "dificuldade em lidar com as siglas", problema que "se acentuou" com "a pesada estrutura da Câmara de Lisboa". De agora em diante, tenciona recorrer a um truque: "Vou começar a dizer o nome das instituições por extenso", para evitar enganos.Durante a entrevista, o candidato acabou por lançar suspeitas sobre o instituto que tem por missão defender os monumentos nacionais e outros imóveis de reconhecido valor, o antigo Ippar: "Se está no mercado a fazer concorrência directa aos construtores civis e aos promotores imobiliários, não tem qualquer razão para existir. Ou regressa à sua vocação inicial, dar habitação a segmentos [da população] sem capacidade económica, ou extingue-se". Mesmo depois de o jornalista João Adelino Faria lhe ter chamado a atenção para o engano, Fernando Negrão continuou baralhado: "Eu estava a falar do Ippar, não da EPUL. Queria falar da EPUL". E logo a seguir: "A extinção que admito é a do Ippar". E quando, por fim, entrou no tema EPUL foi para se alongar sobre os desperdícios de água na cidade, confundindo desta vez a empresa com a EPAL (fonte: Ana Henriques, Publico). Podem ouvir aqui e aqui.

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