sexta-feira, junho 29, 2007

Registo

Li hoje um comentário de um dos responsáveis pelo "Farpas da Madeira", Cláudio Torres, que registei e subscrevo:

"Eu não concordo com tentativas de difamação e ainda para mais sob o anonimato. A blogosfera é permissiva a estas atitudes. Da minha parte merece a maior repulsa. Fica aqui o meu compromisso de excluir comentários injuriosos de anónimos".
Eu nunca duvidem, confesso, dessa orientação e dessa opção, digo desde já. Mas registei-a. A questão não é impor o primado da censura ou querer condicionar as ideias das pessoas, porque eu estarei sempre do outro lado, até por formação e princípio. Nada disso. Uma coisa é a liberdade individual que permite a cada um de nós um discutir ideias, envolver-se em, polémicas, naturais, porque ninguém pensa da mesma maneira, mas sempre num quadro de respeito e de tolerância e de elevação. Outra coisa é a opção pelo anonimato, insultando, ofendendo ou, pior do que isso, tentando espalhar a intriga e a suspeição. Eu sei, todos sabemos, que "nisto" da blogoesfera, caso o anonimato cobarde não for combatido, acabamos por ser cúmplices do conspurcar de um espaço de liberdade que não se revê, obviamente, nos que assim se comportam. Eu também sei o que me chega. Mas comigo é tempo perdido. Eu sei que muitas pessoas não concordam comigo, mas têm essa liberdade de discordar que eu nem comento. Eu também não sou obrigado a pensar da mesma maneira que eles. Muitas vezes porque estamos em partidos diferentes, porque tempos ideologias diferentes, o que também é perfeitamente normal e até salutar. Mas não falto ao respeito, não insulto, nem tolerarei nunca, que este espaço alguma vez seja veículo para esses procedimentos. Infelizmente temos exemplos, lamentáveis, mesmo no nosso pequeno espaço da blogoesfera, de que se não travarmos, as "coisas" descambam e entramos por caminhos indignos (o que se passou num blogue regional, a partir de determinada altura, passou a ser perfeitamente absurdo e triste, havendo pessoas que até foram obrigadas a defender-se em artigos de opinião publicados na imprensa). Os que preferirem continuar nessa senda, que sejam felizes, que se sintam realizados. No meu caso, depois dos 50 anos e com uma barriguinha que se vê à distância, mas que não me incomoda rigorosamente nada, fruto e uma actividade desportiva substancialmente travada por causa do raio de uma isquémiazita... - já somos selectivos e há coisas que nos passam rigorosamente ao lado. Podem crer. Mas esta é a minha forma de pensar e de estar. O curioso é que também respeito, não concordo, mas respeito, os que pensam e se comportam de forma diferente da minha.

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