Há uns anos, vi pela primeira vez o filme "Clube dos Poetas Mortos", com Robbie Williams, película que me marcou definitivamente, sobretudo pela história de solidariedade entre estudantes que combatiam, com persistência e coragem, mas muitas vezes no silêncio, barreiras às sua afirmação e à afirmação dos seus direitos e da sua liberdade. Impressionante, neste ambiente de conflito geracional, foi o envolvimento solidário e liderante do docente de poesia, que transformou livros desinteressantes e cheios de pó, em instrumentos de leitura, avidamente devorados, postos ao serviço da sobrevivência quotidiana dos seus alunos num colégio incapaz de olhar e perceber o mundo e cada um dos seus alunos. A cena final, depois de consumado o despedimento do professor, na sequência do suicídio do melhor estudante, proibido pelo pai de seguir o ensino da representação, é reveladora de como as convicções têm que ser levadas até ao fim. Este filme, creio que de 1990, e que hoje tive oportunidade de rever, continua a ser, para mim, um filme marcante, uma referência.
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